Abertura de empresas recua, expectativa é de retomada no segundo semestre
Em maio o Estado registrou 545 novos negócios e extinção de 336 estabelecimentos
Súzan Benites
Como consequência da crise causada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) a abertura de novos negócios desacelerou no mês passado. Em maio de 2020, Mato Grosso do Sul registrou 545 novos negócios e a extinção de 336 CNPJs. Conforme os dados da Junta Comercial de Mato Grosso do Sul (Jucems), apesar da redução, entre janeiro e maio de 2020 foram inauguradas 2.906 empresas no Estado,16 empresas a menos do que o mesmo período de 2019, quando foram constituídos 2.922 novos negócios no Estado.
De acordo com o titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, a pequena diferença se deve ao bom resultado do primeiro trimestre de 2020.“Nossa previsão inicial era de 2020 ser o melhor ano de abertura de empresas dos últimos nove anos, o que vinha se confirmando até março, por isso que os números totais seguem elevados em relação a 2019. A mudança devido a pandemia da Covid-19 começa a ser percebida em abril, com maior impacto no comércio”, explica o secretário.
O presidente da Jucems, Augusto Ferreira de Castro, disse que em março MS registrou o melhor resultado dos últimos nove anos. “Com o início das medidas decorrentes da pandemia, os reflexos já se perceberam em abril com 25% menos aberturas do que no ano passado, e em maio a redução foi menor, 14,31% em relação à 2019, demonstrando que há uma reação da economia que esperamos se recupere de uma forma mais consistente a partir de junho”, disse.
FECHAMENTO
Em relação ao fechamento de empresas, Mato Grosso do Sul soma 1.640 entre janeiro e maio de 2020, com aumento de 47,48% em relação aos 1.112 negócios extintos no mesmo período de 2019. “Além dos impactos econômicos da Covid-19, parte do número se deve a decisão do Governo Federal de outubro de 2019, que extinguiu a taxa paga por empresários para fechar a empresa, facilitando o processo”, destaca o presidente da Jucems, Augusto César Ferreira de Castro.
O setor mais impactado é o Comércio, sendo que em maio foram abertas 161 empresas e fechadas outras 161, zerando o saldo de novos negócios deste segmento no Estado. Comércio de vestuário e acessórios, peças para veículos, mercadorias e produtos alimentícios como minimercados e armazéns, e produtos farmacêuticos, aparecem como os que mais fecharam empresas nos últimos dois meses.
O setor de Serviços apresentou leve respiro em maio, com saldo de 208 negócios entre os 360 abertos e os 152 fechados no mês passado. Enquanto a Indústria segue a tendência do comércio, com 24 abertas e 23 fechadas em maio no Estado.
CORREIO DO ESTADO