Velocistas têm boas expectativas para o Mundial do Oregon

14/07/2022 14h50 - Atualizado há 2 anos

O Brasil, de maneira inédita, conseguiu qualificar três representantes nos 100 m e nos 200 m na categoria masculina - número limite - para a competição que começa nesta sexta-feira no Estádio Hayward Field, em Eugene, Estados Unidos

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(Foto: Carol Coelho/CBAt)

Num esporte tão competitivo como o atletismo, o Brasil conseguiu a façanha – e fato inédito - de incluir três atletas na disputa dos 100 m e outros três nos 200 m, no masculino, provas das mais concorridas, no Campeonato Mundial do Oregon, que começa nesta sexta-feira (15/7), no Estádio Hayward Field, em Eugene. Só para ter uma ideia apenas 48 vagas foram disponibilizadas nos 100 m e 56 nos 200 m para atletas de todo o mundo, seguindo os índices mínimos, o ranking por pontos e os campeões de área.

O Brasil estreia logo nesta sexta-feira nas eliminatórias dos 100 m, a partir das 22:50 de Brasília, com Erik Cardoso, Felipe Bardi e Rodrigo do Nascimento – os três estarão ainda no revezamento 4x100 m, juntamente com Derick Souza e Gabriel Garcia.

As eliminatórias dos 200 m começam na segunda-feira (18/7), a partir das 21:05 de Brasília, e o País contará novamente com Felipe Bardi, além de Lucas Rodrigues e Lucas Vilar. O SporTV promete transmitir toda a competição, com comentários dos medalhistas olímpicos do revezamento 4x100 m Arnaldo de Oliveira, Claudinei Quirino e Edson Luciano Ribeiro e da campeã mundial no salto com vara Fabiana Murer.

“É muito importante a participação de três atletas nas duas provas – o limite imposto pela World Athletics. Mostra a evolução do atletismo brasileiro”, comentou o treinador-chefe Victor Fernandes, que orienta Rodrigo do Nascimento, que abrirá o revezamento.

“Minha expectativa é a melhor possível. Eu fiz a minha melhor marca da carreira no Troféu Brasil, com 10.04, e estou muito confiante, muito preparado. Estamos dando continuidade aos trabalhos nos Estados Unidos”, disse Rodrigo. “Vejo o elenco do revezamento muito bem para chegar lá e, individualmente, vejo uma possibilidade de avançar para a final, mas sabemos que é uma competição difícil e que temos de executar tudo o melhor possível para que isso aconteça”, completou o catarinense de Itajaí, integrante da equipe campeã mundial de revezamentos no 4x100 m, em Yokohama, no Japão, em 2019. Aos 27 anos, Rodrigo é o atleta mais experiente do revezamento.

Erik Cardoso, de 22 anos, que detém a segunda melhor marca sul-americana de todos os tempos, com 10.01 – atrás somente dos 10.00 de Robson Caetano -, em seu primeiro Mundial, tem o otimismo no tom de suas declarações. “A expectativa é a melhor possível. É colocar Deus e Maria à frente porque a gente trabalhou muito para este Mundial. O objetivo é melhorar o meu resultado pessoal, somar e poder servir no revezamento 4x100 m que tem chance real de fazer um bom resultado”, comentou o paulista Erik. “Faz tempo que eu sonho com isso no meu primeiro Mundial. É um orgulho representar o Brasil, o SESI e o Exército. O cenário do Hayward Field é especial. Será muito bom correr numa pista rápida, num estádio que está numa cidade que respira atletismo, sem dúvida vai ser um prazer imenso e espero fazer um bom resultado.”

Derick Souza, campeão mundial em Yokohama, também mostra otimismo. “É um grupo novo, o mais velho, o Rodrigo, tem 27 anos. Depois do Troféu Brasil a gente conversou, esse é um dos revezamentos fortes dos que a gente já teve e a expectativa está bem alta para o Mundial. O Camping realizado em Bragança Paulista foi muito bom, fez nossa confiança aumentar. Ajeitamos todas as passagens e a expectativa está lá em cima”, comentou o carioca Derick, convocado para o revezamento com Rodrigo Nascimento, Felipe Bardi, Erik Cardoso e Gabriel Garcia.

Já Gabriel Garcia, que treinava como guia paralímpico, está muito feliz por estar na seleção brasileira no Mundial do Oregon. “É uma sensação muito boa de estar representando o País. Acho que o Brasil está com um time muito bom. Não só eu, mas todos os atletas estão com uma expectativa grande. É um apoiando e ajudando o outro, acreditando vai dar tudo certo." Gabriel treina em Presidente Prudente, interior de São Paulo. "Comecei lá, terra de velocistas... Me inspiro em todos os quartetos do revezamento, nas palestras dos atletas, até hoje aprendo com os atletas do passado que passaram por lá também”, comentou o paulista.

Nos 200 m, Lucas Conceição Vilar, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos da Juventude de Buenos Aires, em 2018, tem seus planos. “Para o Mundial minha expectativa é melhorar a minha marca pessoal (20.57), acredito que estou bem treinado e tenho muita expectativa de melhorar essa marca”, comentou.

Nos alojamentos da Universidade do Oregon, que fica bem próxima do Estádio Hayward Field – seis minutos de caminhada -, segundo a velocista Vitória Rosa, inscrita nos 100 m e 200 m do Mundial, são esperados nesta quarta-feira (13/7) o maratonista Daniel Ferreira do Nascimento, o marchador Caio Bonfim, o barreirista Alison dos Santos e a marchadora Elianay Barbosa, além dos treinadores Jorge Luís da Silva, Gianetti Sena Bonfim e Felipe de Siqueira da Silva.

CBAt