Novamente um time Gaúcho, como ocorre habitualmente, volta para o RS reclamando de arbitragem em confronto com o Palmeiras.

Na noite de ontem (02), em partida válida pela 7ª rodada do Brasileirão 2020, o Sport Club Internacional entrou em campo, com uma equipe completamente descaracterizada, para enfrentar o Palmeiras.

O clube gaúcho, em vários setores, chegou a utilizar jogadores que não eram aproveitados nem como reservas da equipe que vem liderando o campeonato. Mesmo assim controlou a equipe paulista durante toda a partida e ainda, mesmo que discretas, teve mais possibilidades no ataque.

Tudo parecia se encaminhar bem, até os 26 minutos da 2ª etapa, quando em uma cobrança de falta da equipe colorada, o goleiro palmeirense agarrou a bola e entrou gol à dentro, um lance tão claro, mas que foi decidido entre juiz e VAR em poucos segundos e poucas palavras, que demonstraram o interesse de que as imagens não fossem geradas e que se não se tornassem públicas.

Qualquer verificação desse tipo de lance é feita com um sistema super moderno, com uma linha imaginária e que não deixa dúvidas, mas que leva algum tempo para ser posto em funcionamento, coisa que não ocorreu, pois o árbitro, quase que instantaneamente, decidiu que a bola não havia ultrapassado totalmente a linha de gol.

Parte da imprensa paulista, que já havia condicionado a arbitragem durante toda a semana, mostra um "soco na bola" do defensor palmeirense, como um "acidente de trabalho", criticando a marcação da clara penalidade, mas faz questão de não mostrar o lance claro de gol colorado.

Para o futebol brasileiro ter o dinheiro e o status do futebol europeu, mesmo dos países de menor expressão, primeiro é preciso acabar com o corporativismo do eixo Rio-São Paulo, um corporativismo que envolve boa parte da imprensa e CBF, que interferem e direcionam, sem o menor pudor, em resultados de partidas e competições. Prova disso é o ano de 2005, em que o Internacional foi o campeão e o Corinthians ficou com a taça.

Por TONI REIS