US Open: Bruno Soares vai à decisão de duplas masculinas e mira o tri
Brasileiro e Jamie Murray encaram Rajeev Ram e Joe Salisbury na final
Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional - São Paulo
Atualizado em 09/09/2021 - 18:01
O mineiro Bruno Soares está novamente na final de duplas masculinas do US Open. Nesta quinta-feira (9), a parceria do brasileiro, número 11 do ranking da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), com o britânico Jamie Murray (22º) derrotou o australiano John Peers (25º) e o eslovaco Filip Polasek (14º) por 2 sets 1, com parciais de 6/3, 3/6 e 6/4, em uma hora e 41 minutos de partida, pela semifinal.
Na decisão, Bruno e Murray terão pela frente o norte-americano Rajeev Ram (7º) e o britânico Joe Salisbury (6º), que eliminaram Steve Johnson (96º) e Sam Querrey (166º), ambos dos Estados Unidos por 2 sets a 0, parciais de 7/6 (7/5) e 6/4. O jogo será nesta sexta-feira (10), às 13h (horário de Brasília). Ram e Salisbury foram campeões do Aberto da Austrália do ano passado e vices na edição deste ano.
O brasileiro mira o terceiro título do US Open nas duplas masculinas, sendo o segundo consecutivo. No ano passado, Bruno levou o troféu ao lado do croata Mate Pavic, atual número um do mundo nas duplas. A conquista anterior, porém, foi justamente com Murray, em 2016. No mesmo ano, eles também venceram o Aberto da Austrália. Nas duplas mistas, o mineiro tem duas taças: em 2012 (junto da russa Ekaterina Makarova) e em 2014 (com a indiana Sania Mirza).
No primeiro set, Bruno e Murray foram mais eficientes que os rivais na devolução dos serviços, quebrando duas vezes o saque adversário para fazer 6/3. Na parcial seguinte, Polasek encaixou as devoluções e foi decisivo na vitória da parceria Austrália/Eslováquia por 6/3. No último set, o duelo transcorreu igual até o sétimo game, quando a dupla Brasil/Grã-Bretanha forçou erros de Peers na rede, conseguindo a quebra e administrando a vantagem para fechar em 6/4.
“Por algumas vezes, ao longo desse mês parado em casa, pensei em parar esse ano e preparar meu corpo para o ano que vem. Mas pensei: Quer saber? Vamos curtir o momento, preparar como dar. Acho que foi o que eu fiz. Sempre joguei bem aqui, acho que tem a superação também, ter o Noah [o filho] aqui. Eu não vinha jogando bem, estava sem ritmo nenhum. Sabia que era questão de sobrevivência no início. O corpo não estava nas melhores condições, mas sabia que teria que ser na superação. Desde a terceira rodada, temos jogado um nível de tênis super bom. Estamos muito firmes mentalmente, não deixando abalar. É curtir o momento, estamos mais uma final, mas falta um jogo para conquistarmos o caneco”, disse Bruno, após a partida, à imprensa.
O US Open é o primeiro torneio que Bruno disputa desde Wimbledon, em junho, quando foi eliminado logo na segunda rodada, ao lado de Murray. O brasileiro disputaria a Olimpíada de Tóquio (Japão), mas teve que passar por uma cirurgia de apêndice já na capital japonesa e não pôde ir à quadra.
* Atualizado às 18h01 de 9/9 com depoimento de Bruno Soares.
Edição: Fábio Lisboa
Agência Brasil