UFMS vai reduzir valor do aluguel do Morenão em troca de reparos feitos pelos clubes
Universidade Federal (UFMS) e Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) firmaram parceria a fim de realizar as readequações necessárias para a liberação do Estádio Pedro Pedrossian, o Morenão. A entidade esportiva vai custear os reparos e, em contrapartida, a instituição de ensino se comprometeu a reduzir o valor do aluguel do espaço.
Como aconteceu às vésperas do Campeonato Sul-Mato-Grossense deste ano e de 2017, o principal estádio de Campo Grande não tem toda a documentação exigida para receber jogos em 2019. Segundo a FFMS, o laudo elaborado pelos bombeiros venceu no sábado (8), enquanto os relatórios de vistoria da Polícia Militar e da Vigilância Sanitária expiram este mês. Já o laudo de engenharia é válido até o dia 16 de janeiro.
O acordo foi costurado em reunião, na semana passada, entre FFMS, UFMS e presidentes de Comercial (Valter Mangini), Operário (Estevão Petrallás) e União/ABC (Fábio Manso).
Em nota, a UFMS afirmou que caberá à federação a instalação de guarda-corpo no entorno do estádio; a adequação dos portões ao sistema de fuga antipânico; e a adaptação da plataforma que dá acesso de veículos ao gramado. A FFMS ainda ficará responsável pela pintura do gramado e pela contratação de trabalhadores para abertura do estádio, bilheteria e demais custos com a partida.
Por sua vez, a universidade vai cobrar taxa de uso de R$ 600 por jogo para os Estaduais de 2019 e 2020. O valor é quase cinco vezes menor que a média paga pelos clubes este ano, de R$ 2,9 mil, de acordo com os borderôs dos jogos. A UFMS também deverá fazer manutenção e corte do gramado.
A parceria ainda prevê que a FFMS disponibilize 200 ingressos gratuitos para crianças e adolescentes de escolas públicas, e outros 100 bilhetes para acadêmicos e servidores da UFMS. Por outro lado, a instituição de ensino poderá realizar divulgação publicitária em lonas no entorno do gramado.
Ainda segundo nota, o acordo passará por “ritual administrativo-burocrático”, com elaboração de plano de trabalho e submissão da proposta para apreciação da Procuradoria Jurídica da UFMS.
A reportagem tentou contato com o presidente da FFMS, Francisco Cezário, para questionar sobre valor investido, empresa contratada e prazo para conclusão. Ele não atendeu às ligações e ignorou as mensagens.
Ao contrário do que disse a UFMS, o presidente do Operário afirmou que são os clubes de Campo Grande que vão pagar pelas readequações, mas não soube informar o investimento necessário.
Por JONES MÁRIO
Foto: Rafael Ribeiro
Correio do Estado