Tribunal de Madri pede que corte da UE decida legalidade da Superliga
De 12 times, apenas Real, Barça e Juventus permanecem no projeto
Por Joseph Walker - Madri
Reuters
Um tribunal de Madri pediu ao Tribunal de Justiça da União Europeia que determine se a Fifa e a Uefa, entidades governantes do futebol mundial e europeu, estão violando a lei de competição da UE ao impedir clubes de criarem uma Superliga Europeia dissidente.
A corte comercial da capital espanhola também indagou à mais alta instância da Europa se Fifa e Uefa estão habilitadas a impor restrições ou penalidades a times que continuam integrando a liga.
A Superliga foi anunciada no mês passado por 12 clubes fundadores, mas desmoronou depois de menos de 48 horas na esteira da revolta de torcedores, governos, jogadores e técnicos.
Nove times - Manchester United, Liverpool, Manchester City, Chelsea, Tottenham Hotspur, Arsenal, Milan, Inter de Milão e Atlético de Madri - se retiraram oficialmente e aceitaram penalidades financeiras da Uefa por sua participação no processo.
Cada um deles também assinou uma declaração de compromisso com a entidade europeia na semana passada.
Mas três dos fundadores --Real Madrid, Barcelona e Juventus-- não romperam com o projeto.
Ontem (12), a Uefa anunciou a nomeação de inspetores disciplinares que realizarão uma investigação para saber ser os três clubes violaram o arcabouço legal da entidade.
A corte de Madri, que nos mês passado ordenou que Fifa, Uefa e todas as suas federações associadas não devem adotar "qualquer medida que proíba, restrinja, limite ou condicione de nenhuma maneira" a Superliga, pediu que o maior tribunal da UE arbitre a questão.
Agência Brasil