Time feminino dos EUA entra com ação exigindo salário igual ao dos homens
As principais estrelas da seleção norte-americana de futebol feminino, entre as quais a goleira Hope Solo, entraram com ação contra a agência do governo que regulamenta a modalidade no país. Elas exigem equiparação salarial. Advogados contratados pelas jogadoras comunicaram que a seleção masculina dos EUA ganha mais de quatro vezes em relação às mulheres.
Diferentemente de outros países, nos Estados Unidos o futebol feminino é tão popular quanto o masculino. Participam do protesto as atletas Carli Lloyd, Alex Morgan, Megan Rapinoe e Becky Sauerbrunn.
No entanto, a premiação por vitória em amistosos das seleções tem valores bem diferentes entre homens e mulheres.
Na seleção feminina dos EUA, cada jogadora ganha US$ 1.350 (R$ 4.900) por vitória em amistoso contra seleções top 10 do ranking Fifa; os homens recebem US$ 17.625 (R$ 64 mil).
As mulheres não ganham nada se empatar ou perder para um adversário considerado mediano (abaixo do top25 do ranking Fifa). Já os homens recebem US$ 6250 pelo empate e US$ 5.000 pela derrota.
A disparidade de valores é maior se compararmos uma eventual conquista do título de Copa do Mundo. No feminino, cada jogadora ganhará US$ 75 mil (R$ 272 mil). Para o masculino, a Federação dará US$ 9.375 milhões a ser distribuído para o elenco campeão. Normalmente, um elenco é composto por 23 atletas, que daria US$ 407 mil (pouco menos de R$ 1,5 mi) para cada.
O futebol feminino norte-americano movimenta US$ 20 bilhões anuais no país, segundo informou as atletas.
UOL Esportes