Suíço-brasileira, Natasha comemora primeira vez na Seleção Feminina

08/02/2019 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Pelo sotaque já dá para perceber que ela tem algo diferente. Filha de uma brasileira com um suíço, Natasha, 21 anos, nasceu e vive na Suíça, mas nunca perdeu seus laços com o Brasil

A goleira joga bola desde os 4 anos e sempre quis realizar um desejo: jogar pela Seleção Brasileira. Nesta segunda fase de treinamentos visando a preparação para a Copa do Mundo, ela realizou o sonho da primeira convocação.

– Sempre sonhei com isso e o meu sonho pode se realizar. Eu vim para a Seleção, pude mostrar o meu futebol e fui observada. Se eu tiver mais oportunidades, eu quero aproveitar – comemora Natasha. 

Servir uma Seleção não é novidade para Natasha. Como também tem nacionalidade suíça, a goleira já foi chamada para defender seu país natal. Também esteve na disputa da Euro Sub-19 Feminina. Como não atuou em nenhuma partida oficial da equipe principal, a convocação pelo Brasil não foi inviabilizada.

– Quando eu recebi o primeiro convite da Seleção da Suíça, eu conversei com a minha mãe. Lembro que eu estava triste porque não tinha recebido o convite da Seleção do Brasil. Mas depois a minha mãe falou: você nasceu aqui (Suíça), vai lá, veja as coisas, aprenda e faça a sua experiência. Um dia, se você tiver oportunidade, o Brasil pode chamar você – recorda Natasha. 

A altura e a habilidade com os pés foram o que mais chamaram atenção da comissão técnica. Com o trabalho de análise de desempenho, realizado por Ricardo Pombo, o técnico Vadão e o preparador de goleiras Juarez Veludo puderam observar e acompanhar o desenvolvimento de Natasha na Liga Suíça de Futebol Feminina. Ela é titular do FC Luzern Frauen e defende o clube há dois anos. 

– Vimos algumas imagens da Natasha. Eu e Vadão conversamos e resolvemos convocá-la para que pudéssemos fazer um período de observação. Ela tem nos agradado bastante, porque é uma jogadora com um potencial muito grande. Gostaríamos de continuar a observá-la em outras convocações – conta Veludo.

Neste período de observação, Natasha ficou sete dias com a comissão técnica na Granja Comary, em Teresópolis. A goleira não seguirá com a equipe para Itu, em São Paulo, onde a Seleção segue a preparação até o dia 23 de fevereiro. Vir ao Brasil não é novidade para a suíço-brasileira. Natasha tenta visitar os familiares todos os anos, mas, nessa convivência com o grupo, já observou aspectos bem diferentes. 

– Na Suíça, tem muitas coisas semelhantes (com o Brasil), como os treinamentos e as pessoas. Mas aqui as pessoas são mais abertas, se soltam mais, falam, cantam e dançam bastante. Na Suíça é bem diferente (risos) – descreve Natasha.  

Créditos: Laura Zago/CBF

Confederação Brasileira de Futebol