Ser eliminado na Taça Rio pode ser vantajoso para o Flamengo. Entenda

23/03/2017 00h00 - Atualizado há 4 anos

Com a vitória sobre o Bangu na noite da última quarta-feira, o Flamengo não só se classificou para as semifinais do Campeonato Carioca. Ele também garantiu a vantagem no seu duelo por ter assegurado uma das duas melhores campanhas na soma da Taça Guanabara com a Taça Rio. O curioso é que, devido ao regulamento da competição, o Rubro-Negro ficou em uma situação inusitada. O segundo turno passou a, praticamente, não valer mais nada para o clube. E, pior: jogar as finais da Taça Rio poderá ser até “furada” para o Fla. Confuso, né? Explicamos:

As semifinais do Carioca são formadas por quatro clubes: os campeões da Taça Guanabara e da Taça Rio e os demais times de melhor campanha no geral (caso o mesmo time vença os dois turnos, três passam a avançar pela soma dos turnos). 

Para garantir a vantagem nas semifinais do Carioca não é necessário vencer o turno e sim ter uma das duas melhores campanhas na classificação geral, como possui o Fla. E ter a primeira ou a segunda melhor campanha no geral surte quase o mesmo efeito, já que o regulamento não prevê vantagem do empate na final a competição - apenas escolha da ordem de mando de campo, que será Maracanã ou Nilton Santos. A única diferença seria o adversário nas semifinais, que ainda não foi definido - o Fluminense está garantido como campeão da Taça Guanabara, enquanto Vasco, Botafogo e Nova Iguaçu disputam as duas vagas restantes.

Além disso, o regulamento prevê que os cartões amarelos sejam zerados após as fases de grupo da Taça Rio e Taça Guanabara. Porém, as expulsões e suspensões causadas pelo terceiro cartão amarelo na fase final dos dois turnos contam e deverão ser cumpridas na fase seguinte (no caso da Taça Rio, as semifinais do Estadual).

Desta forma, restando três rodadas para o fim da Taça Rio, e sem precisar ser campeão do turno para se classificar, o Flamengo passou a cumprir tabela nesta fase. Uma vaga nas semifinais do 2º turno significaria assumir o risco de perder jogadores suspensos para os jogos que valem: as semifinais do Campeonato Carioca. Além disso, ainda pode cansar atletas fundamentais dias antes  do terceiro jogo do clube pela Libertadores, dia 12 de abril, contra o Atlético-PR, no Rio de Janeiro.

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