Santos quer consolidar bom e barato e virar modelo de gestão com título
O título da Copa do Brasil tem muito mais valor do que apenas levantar a taça e garantir uma vaga na Copa Libertadores da América de 2016 para a diretoria do Santos. A cúpula alvinegra espera virar uma referência no futebol brasileiro ao mostrar que é possível conquistar títulos sem estourar os cofres do clube.
Diferente do Palmeiras, a diretoria santista montou o elenco atual sem contratações de impacto e, inclusive, acredita que pode consolidar a política do bom e barato no Brasil. Vale lembrar que o Santos não gastou um centavo com direitos econômicos de atletas em suas contratações nesta temporada.
Foram treze jogadores contratados – Vanderlei, Chiquinho, Werley, Valencia, Lesesma, Marquinhos Gabriel, Rafael Longuine, Marquinhos, Elano, Nilson, Neto Berola, Ricardo Oliveira e Leandro. Tanto para contratar em definitivo ou por empréstimo, o Santos não desembolsou nenhum valor pelos atletas. Só paga os salários.
Dois termos são bastante utilizados pelos dirigentes santistas na Vila Belmiro – fazer mais com menos e não apenas possuir um cheque em branco para contratar reforços. A frase, além de explicar a política santista, carrega uma leve crítica aos dirigentes que são dependentes de um grande aporte financeiro para montarem seus elencos.
No entanto, a diretoria santista sabe que para emplacar a nova política e convencer os concorrentes no futebol brasileiro será preciso conquistar, no mínimo, a Copa do Brasil. Com isso, o alvinegro praiano terminaria a temporada com dois títulos, pois já conquistou o Campeonato Paulista no primeiro semestre.
Além de chegar a duas finais de competições, o Santos está bem colocado no Campeonato Brasileiro. A equipe de Dorival Júnior é a sexta colocada, com 55 pontos. A vaga na Libertadores de 2016 via Brasileirão, inclusive, não está descartada matematicamente.
Vale lembrar que a atual diretoria do Santos iniciou a temporada 2015 afogada em dívidas, deixadas pelo ex-presidente Odílio Rodrigues. Telefones cortados, dificuldade para pagar até floriculturas e debandadas de atletas faziam parte do noticiário santista nos primeiros meses do ano.
Desde que o presidente Modesto Roma e o diretor executivo Dagoberto Santos iniciaram o trabalho para tirar o clube do vermelho no início do ano, o alvinegro praiano reduziu a sua folha salarial do departamento de futebol em mais de R$ 3 milhões mensais.
A economia do Santos começou com a saída dos atletas considerados rebeldes na Vila Belmiro, dois inclusive estão no Palmeiras (Arouca e Aranha), além daqueles que foram liberados para outros clubes. Foram mais de R$ 2,5 milhões mensais de contenção de despesas com esses jogadores.
FICHA TÉCNICA
SANTOS X PALMEIRAS
Data: 25/11/2015
Horário: 22h (de Brasília)
Competição: Copa do Brasil (final)
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira (SP)
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Carvalho Van Gasse (ambos de SP)
SANTOS: Vanderlei; Daniel Guedes, David Braz, Gustavo Henrique e Zeca; Thiago Maia, Renato e Lucas Lima; Gabriel, Ricardo Oliveira e Marquinhos Gabriel. Técnico: Dorival Júnior.
PALMEIRAS: Fernando Prass, Lucas, Jackson, Vitor Hugo e Zé Roberto; Amaral, Arouca, Dudu, Robinho e Gabriel Jesus; Barrios. Técnico: Marcelo Oliveira.
Fonte: UOL esportes