A novela Robinho acabou no Santos, mas pode ganhar novos capítulos no início do próximo ano. A diretoria santista foi informada que o contrato do atacante com o Guangzhou Evergrande, da China, tem uma cláusula que o permite deixar o clube chinês após seis meses de vínculo.

Os dirigentes santistas descobriram por pessoas ligadas a Robinho que o acordo com os chineses tem início de seis meses e opção de renovação por mais um ano. No entanto, a ideia do Guangzhou é manter Robinho por três anos no clube.

Robinho prometeu de forma descontraída em sua despedida que voltaria ao Santos daqui a seis meses. Alguns dirigentes santistas acreditam que o atacante só fez uma brincadeira, bem ao estilo Robinho, enquanto alguns diretores levaram a sério a promessa.

Além disso, grande parte da cúpula alvinegra aposta que Robinho não se adaptará a cultura chinesa e, por isso, deve aproveitar a brecha no contrato para voltar ao Brasil.

O problema para o retorno de Robinho no início de 2016 é que o atleta recebeu 12 milhões de euros [cerca de R$ 41 milhões] à vista na assinatura do contrato, equivalente a um ano de vínculo com o time de Luiz Felipe Scolari e do ex-corintiano Paulinho.

Por conta disso, os representantes de Robinho descartam o retorno ao futebol brasileiro antes do fim do primeiro semestre de 2016. Resumindo: uma volta ao Santos em janeiro do próximo ano custaria ao atleta cerca de R$ 20 milhões.

O contrato de Robinho com os chineses é fora da realidade do futebol brasileiro. Caso permaneça no Guangzhou Evergrande após um ano de contrato, Robinho ainda seguirá recebendo 1 milhão de euros por mês [cerca de R$ 3,4 milhões].

Se voltar ao Santos, Robinho receberá bem menos da metade. O time da Vila Belmiro havia oferecido quase R$ 1 milhão mensal para o jogador renovar contrato por três anos. O atleta estava inclinado a aceitar a oferta santista e até rejeitou uma proposta do futebol árabe. No entanto, o atacante não resistiu aos milhões da China.

Para voltar, Robinho sabe que terá que encarar a crise financeira do Santos. O atacante ficou oito meses sem receber em seu último contrato na Vila Belmiro. Após a dívida ser quitada há dois meses, o clube paulista voltou a atrasar os direitos de imagem e CLT [Consolidações das Leis de Trabalho] novamente no mês seguinte.

Além disso, a proposta do Santos previa uma espécie de contrato de produtividade no último de ano de vínculo, fato que deixou o jogador chateado. Desta forma, o camisa 7 teria que produzir bastante em campo para manter o salário oferecido pelo alvinegro praiano nos dois primeiros anos de contrato.

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