Rogério Ceni lamenta queda de Baptista e diz não sentir pressão da imprensa

05/05/2017 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Um pouco mais novo do que Eduardo Baptista na profissão, o técnico do São Paulo, Rogério Ceni, comentou nesta sexta-feira a demissão do colega palmeirense, ocorrida na noite da última quinta. O ídolo tricolor lamentou a queda e disse compreender o desabafo do ex-treinador do Verdão após a “épica” vitória por 3 a 2 sobre o Peñarol, pela Copa Libertadores da América, na semana passada, em Montevidéu.

“Eu entendo completamente o modo como ele se comportou naquele momento. Não é só a pressão da imprensa… Eu leio muito pouco e não me sinto pressionado. Vejo alguns jornalistas que não entendem e outros que dão opiniões bem formatadas. A imprensa tem a função de apimentar, acho completamente compreensível isso”, começou Ceni, em entrevista coletiva, no CCT da Barra Funda.

Substituto do campeão brasileiro Cuca, Eduardo Baptista comandou o Palmeiras em um total de 23 partidas, acumulando 14 vitórias, quatro empates e cinco derrotas. Apesar de os números não serem negativos, algumas alas do clube de Palestra Itália estavam insatisfeitas com o desempenho do time e pressionavam o presidente Maurício Galiotte pela demissão, que aconteceu um dia depois da derrota por 3 a 2 para o boliviano Jorge Wilstermann, na Libertadores.

 “Lamento a saída do Eduardo, porque ele vinha fazendo um ótimo trabalho. Se não me engano, com 66% de aproveitamento, praticamente classificado para as oitavas da Libertadores. Caiu nas semifinais do Paulista, mas tinha condições de levar o Palmeiras muito longe, assim como o próximo treinador, pela qualidade do elenco”, analisou.

Com 61% de aproveitamento à frente do São Paulo (11 vitórias, 10 empates e quatro derrotas), Rogério Ceni não vive o mesmo ambiente de pressão, embora os números sejam parecidos com os de Baptista. Ídolo-mor do clube do Morumbi, conta com o respaldo de torcida e diretoria.

Disse ainda que não teria a mesma reação intempestiva de Eduardo, mas reiterou que a compreende pela cenário criado no Uruguai. “Não perderia meu tempo brigando com vocês sobre pressão, não ganharia nada, mas tinha um contexto da virada sobre o Peñarol, a briga, jogadores tomando pontapés. Você tem uma vitória épica dessa faz os nervos saltarem e você desabafar. Ele falou, em grande parte, uma verdade, mas hoje, antes de um treino, falo mais tranquilo. Ele tinha uma adrenalina diferente”, concluiu.

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