O Corinthians arrancou no Brasileirão e terminou o turno com a liderança isolada da competição. O primeiro lugar, no entanto, veio acompanhado de muita polêmica, já que, nos últimos três jogos do Timão, a arbitragem foi tema principal das discussões.

A vitória por 2 a 1 contra o Avaí no último domingo (16), no fechamento do turno, o Timão levou dois gols, mas apenas um foi validado pela arbitragem. No outro, a auxiliar assinalou impedimento de forma errada quando o jogo ainda estava empatado por 1 a 1.

Na partida contra o Sport, na Arena Corinthians, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira marcou pênalti no finalzinho, quando o placar estava 3 a 3. A marcação foi polêmica, já que a bola bateu na mão de Rithely quando o jogador deu um carrinho dentro da área. Jadson foi para a cobrança, marcou e garantiu a vitória alvinegra. Durante a semana do confronto, os dirigentes pernambucanos reclamaram muito da escalação de um juiz paulista.

Uma rodada antes, a mão foi do Corinthians, mas o árbitro Leandro Vuaden não marcou e deixou o clássico contra o São Paulo terminar empatado. Uendel, lateral alvinegro, fez praticamente uma defesa para desviar a bola, mas o juiz não viu o lance.

No começo do ano, também em um Majestoso, os tricolores reclamaram muito na Arena Corinthians, quando perderam de 2 a 0 na fase de grupos da Libertadores. Na ocasião, no lance do segundo gol corintiano, Emerson Sheik fez falta no lateral Bruno e armou o contra-ataque que terminou com bola de Jadson na rede.

Hoje no Corinthians, o zagueiro Gil já reclamou bastante de um lance quando ainda estava no Cruzeiro, em 2010. A três rodadas do fim do Brasileirão, Timão e Raposa brigavam pelo título e se encontraram no Pacaembu. No fim do jogo, o árbitro Sandro Meira Ricci assinalou pênalti do defensor em Ronaldo e causou a revolta geral do time celeste. O Fenômeno converteu a cobrança, garantiu a vitória do Corinthians e viu os adversários ficarem furiosos. Na entrevista coletiva após o jogo, Cuca, técnico do Cruzeiro na época, chegou a gritar e dar um soco na mesa.

A Copa do Brasil de 2009 foi conquistada pelo Corinthians, mas não sem reclamação dos adversários. Rival na decisão, o Internacional criticou muito a arbitragem que considerou pró-Timão durante a competição. A diretoria do Inter chegou a fazer um DVD com os erros a favor dos corintianos e enviou para a CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

O momento mais crítico da arbitragem brasileira até aqui aconteceu em 2005, justamente no Brasileirão conquista pelo Corinthians. Naquele campeonato, 11 jogos apitados pelo árbitro Edílson Pereira de Carvalho foram disputados novamente já que houve a comprovação de manipulação de resultados pelo juiz.

Com as voltas das partidas, o Corinthians foi o mais favorecido, já que, nos dois confronto que fez de novo, o clube havia perdido pontos. Depois de derrotas contra Santos e São Paulo, o Timão encarou os rivais novamente, bateu o Peixe e empatou com o Tricolor, somou quatro pontos e se isolou na liderança.

Depois das partidas remarcadas, o Alvinegro voltou a ser alvo de reclamações no finalzinho do campeonato de 2005, quando era líder e enfrentou o segundo colocado Internacional em confronto decisivo. Em jogo no Pacaembu, Tevez abriu o placar para o Corinthians e Rafael Sobis empatou para o Internacional. Quando o jogo caminhava para o 1 a 1, o goleiro Fábio Costa derrubou Tinga na área. Em vez de marcar o pênalti, o árbitro Márcio Rezende de Freitas considerou o lance como simulação, deu cartão amarelo para o volante colorado e o vermelho logo em seguida. A não marcação da penalidade causou indignação dos torcedores e dirigentes do Inter, que reclamam até hoje daquele título do Timão.

Hoje comentarista, o ex-árbitro Carlos Eugênio Simon participou de nada menos que três Copas do Mundo. O currículo invejável, no entanto, tem algumas falhas histórias, como a de 2002, quando Corinthians e Brasiliense fizeram a final da Copa do Brasil. No jogo de ida, no Morumbi, o atacante Gil fez falta antes de balançar as redes e garantir a vitória dos paulistas, mas Simon ignorou o lance. Na volta, com empate por 1 a 1, deu Timão.

O Corinthians precisava apenas de um empate contra a Portuguesa, na semifinal do Paulistão de 1998, para chegar à decisão. No fim da partida, quando o Alvinegro perdia por 2 a 1, o zagueiro César matou a bola no peito dentro da área, e o árbitro argentino Castrili não hesitou e assinalou pênalti. O Timão marcou o gol e se garantiu na finalíssima para encarar o São Paulo.

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