Renzo Gracie diz que amará pelo resto da vida rival que quebrou seu braço

13/06/2016 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

A família Gracie, clã mais famoso do mundo das lutas, entre tantas características, sempre foi conhecida por formar muitos lutadores que se recusavam a bater (dar os três tapinhas, ou desistir) quando estavam em condição adversa ou especialmente prestes a serem finalizados em uma posição. Renzo Gracie tenta explicar o significado de não bater.

Durante sua participação no programa The MMA Hour, o Gracie revelou seu pensamento em relação aos três tapinhas comuns no MMA, usados por atletas que desistem de uma luta uma vez que estão em condição adversa. Para ele, quando um atleta não bate, mostra ao rival que foi até o limite. E mesmo em seu limite o oponente o venceu, o que para Renzo é um elogio.

Definitivamente é um elogio ao seu oponente se você não bate. Isso mostra que ele enfrentou um lutador melhor. Sempre pensamos dessa forma, explicou.

Renzo já teve o braço quebrado exatamente por adotar a postura de jamais dar os três tapinhas, independente da situação que esteja. Ele foi finalizado por Kazushi Sakuraba, em 2000, no extinto Pride.

A primeira vez eu realmente fui pego pelo Sakuraba na chave de braço e eu fiquei feliz porque ali vi que minha mente é mais forte que meu corpo e meus ligamentos. Aquela foi uma vitória da minha mente contra o meu corpo e eu tive certeza de que sou um samurai naquele dia. Minha vida inteira eu me perguntava se eu iria ou não (bater) então o que Sakuraba me deu foi algo que eu vou amar pelo resto da minha vida, recordou.

No UFC 196, em março, o mundo viu dois exemplos de reações diante de um mata-leão, finalização mais famosa do jiu-jitsu. No duelo entre Miesha Tate e Holly Holm, a primeira venceu e deixou a rival apagada no octógono. Já no confronto entre Conor McGregor e Nate Diaz, o irlandês desistiu com os três tapinhas e chegou a ser criticado na internet.

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