Peso do ouro: França mira a medalha olímpica, e Rippel desbanca top do tiro

18/07/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos

O desempenho do Brasil no Pan sempre dá esperança aos torcedores em relação às medalhas nas Olimpíadas no ano seguinte. Especialmente desta vez, quando os Jogos de 2016 serão disputados no Rio de Janeiro. Pensando nisso, o GloboEsporte.com analisa cada medalha de ouro da delegação verde-amarela em Toronto 2015 dando o peso que cada uma delas tem no cenário mundial. Em caso de esporte ou prova não olímpica, o atleta ficará sem avaliação.

A dedicação à prova dos 100m peito está rendendo frutos. O título do Pan era esperado, mas o tempo de 59s21 é excelente. Foi o terceiro melhor do mundo em 2015. Não para por aí. Tanto nas Olimpíadas 2012 quando no Mundial de Barcelona em 2013, o brasileiro teria sido bronze. E incomodando mais os dois principais concorrentes ao pódio, o sul-africano campeão olímpico Cameron van der Burgh e o australiano campeão mundial Christian Sprenger. Ambos que se cuidem, porque França está chegando...

Rippel não venceu de qualquer um. Ele teve pela frente o americano Michael McPhail, líder do ranking mundial da prova e vencedor de duas etapas da Copa do Mundo disputadas neste ano em Munique, na Alemanha, e Fort Benning, nos EUA. E Cássio, 18º do ranking, vem crescendo campeonato a campeonato. Chegou à final e ficou em quinto na mesma etapa alemã que o atirador dos Estados Unidos dominou. A pontuação de 207.7 foi boa, mas, para subir ao lugar mais alto do pódio no Rio 2016, precisa melhorar.

Enfim chegou o primeiro ouro da natação feminina do Brasil. E não foi a única barreira atravessada pela atleta. Ela baixou de 1 minuto seu tempo, marcando 59s61 em Toronto. Isso é muito significativo. Ainda falta para chegar ao pódio em Olimpíadas e Mundial, classificação à final em ambas as competições é quase uma certeza nadando da mesma maneira. Ela teria sido oitava em Londres 2012 e quinta em Barcelona 2013. Está no caminho para voos maiores. Diminuindo ainda mais o tempo, começa a vislumbrar um lugarzinho no pódio.

Fora de sua especialidade - que é a pistola de ar 10m -, o brasileiro brilhou. Não tinha atletas de tanto renome quanto na prova de Cássio, mas havia equilíbrio. O cubano Grau, que foi prata, e o americano Mowrer, quinto colocado, estão próximos de Júlio no ranking mundial da prova de pistola 50m. De quebra, Almeida ainda assegurou a 10ª vaga para o Brasil no Rio 2016 numa prova de tiro esportivo em que ainda não havia representante. É claro que ainda falta para chegar a uma medalha ou mesmo a uma final olímpica, mas Júlio é certeiro.

http://globoesporte.globo.com/