Paulo Amaral desiste de eleição no SP, e Leco pode ser candidato único

17/10/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos

O cenário político do São Paulo muda a cada dia. Neste sábado, depois de lançar candidatura à presidência do São Paulo na sexta-feira, Paulo Amaral desistiu do pleito. A informação foi confirmada pelo ex-presidente José Eduardo Mesquita Pimenta, um dos líderes do bloco que tentaria eleger Amaral.

Ele desistiu. Ele vai fazer um pronunciamento quando voltar e vai dar as razões dele, falou Pimenta, sobre o aliado que está na Itália e chegará ao Brasil na terça-feira.

Para Pimenta, agora é praticamente certo que Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, hoje presidente interino, será candidato único na eleição. Questionado se o bloco de Amaral lançaria outro candidato, com a mesma base de apoio, Pimenta disse que não deverá haver tempo para escolher outra candidatura.

Eu creio que não, nem há tempo mais, complementou Pimenta. À reportagem, outros membros do bloco que votaria em Paulo Amaral afirma que haverá na tarde deste sábado discussão sobre outras possibilidades de candidatura.

A falta de tempo ocorre porque Leco marcou a eleição presidencial para o próximo dia 27. Assim, qualquer candidatura tem de ser oficializada até o próximo dia 22.

O bloco que tentaria eleger Paulo Amaral ganhava força e já estava em proporção semelhante à base aliada de Leco. Na sexta-feira Amaral havia conseguido o apoio do grupo Tradição, do ex-presidente Fernando Casal de Rey, um dos mais numerosos do conselho são-paulino. Também teria os votos de Força São Paulo, Movimento São Paulo e Vanguarda, além do Clube da Fé, de Marco Aurélio Cunha, que havia manifestado apoio a Leco, mas que se dividiu após o lançamento da candidatura de Amaral.

Com Leco está a Legião, de Ataíde Gil Guerreiro, o grupo de aliados do ex-presidente Juvenal Juvêncio, além de membros do Participação e dissidentes de Movimento São Paulo e Vanguarda.

Paulo Amaral foi presidente do São Paulo entre 2000 e 2002 e teve grande atrito com Rogério Ceni em 2001, quando contestou a veracidade de uma proposta do Arsenal, da Inglaterra, levada pelo goleiro à diretoria. Na última sexta-feira, perguntado sobre o candidato, Ceni afirmou: Não vale a pena falar desse senhor, não valeria a pena citar qualquer frase.

Fonte: UOL esportes