Paralimpíada: conheça mais sobre o parataekwondo na Tóquio 2020

20/08/2021 14h09 - Atualizado há 3 anos

Modalidade é estreante e Brasil será representado por três atletas

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 Ale Cabral/CPB/Direitos Reservados

 Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional - São Paulo

Uma das modalidades que estreiam na Paralimpíada em Tóquio (Japão) é o parataekwondo. O anúncio da entrada do esporte no programa do megaevento esportivo ocorreu em 2015.

No parataekwondo, um atleta veste um colete azul e o outro um vermelho. A roupa possui sensores que medem a potência do chute assim que ela entra em contato com a meia do oponente. Os duelos têm três rounds de dois minutos, com um minuto de intervalo. O vencedor é aquele atleta que tiver mais pontos ao término do último round. Em caso de empate, outro round é disputado e o lutador que obtiver os dois primeiros pontos é considerado vencedor. Existe ainda uma possibilidade de a luta ser encerrada antes do terceiro round, o que ocorre se um dos atletas abrir uma vantagem de 20 pontos sobre o oponente.

Na modalidade adaptada a área de atuação da luta é igual à das disputas convencionais e mede 8 metros (m) por 8 m. As maiores diferenças entre a modalidade adaptada e o esporte convencional estão nos sistemas de pontuação e de faltas.

A contagem de pontos funciona da seguinte forma: falta cometida pelo adversário dá um ponto, chutes retos no colete rendem dois pontos, chutes giratórios em 180 graus no colete oferecem três pontos, chutes giratórios em 360 graus no colete valem quatro pontos, os socos são permitidos, mas não são pontuados. Chutes na altura da cabeça não são permitidos, e cada golpe desses traz uma punição e concede um ponto ao adversário. Dependendo da intensidade, inclusive, o atleta pode ser desclassificado.

No programa paralímpico estão incluídas apenas as classes K43 (lutadores com amputação bilateral do cotovelo até a articulação da mão, dismelia bilateral) e K44 (atletas com amputação unilateral do cotovelo até a articulação da mão, dismelia unilateral, monoplegia, hemiplegia leve e diferença de tamanho nos membros inferiores). Lutadores da classe K43 podem competir na classe K44.

A letra K significa luta e existem outras classes definidas pela letra P (poonse, que significa forma). A modalidade de poonse é disputada por atletas com deficiência visual na P10, deficiência intelectual na P20, deficiência física na P30 e baixa estatura na P70. A classe KP60 é para surdos. Os atletas também são divididos por peso. No naipe feminino são três categorias: até 49 kg, até 58 kg e acima de 58 kg. No masculino os atletas são divididos nas categorias até 61 kg, até 75 kg e acima de 75 kg. Nos Jogos da capital japonesa, as disputas acontecerão no Centro de Convenções Makuhari Messe entre os dias dois e quatro de setembro.

Brasil no para taekwondo

O Brasil é uma potência no parataekwondo. No Campeonato Mundial da Turquia, em 2019, foram conquistadas duas medalhas. Débora Menezes faturou o ouro na categoria acima de 58 kg e Cristhiane Neves foi bronze no peso até 58 kg. Essa campanha deu ao Brasil o 6º lugar geral no torneio. Nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, em 2019, foram mais cinco conquistas. Os dois ouros, duas pratas e um bonze deixaram o país como líder geral no quadro de medalhas da modalidade. Em Tóquio, a seleção brasileira será composta por três atletas na classe K44: Nathan Torquato (até 61 kg), Silvana Fernandes (até 58 kg) e Débora Menezes (acima de 58 kg). Esses números colocam o time verde e amarelo com a maior delegação das Américas e a 4ª maior do mundo. A equipe será a última a chegar ao Japão. O embarque ocorre na próxima segunda-feira (23). A estreia brasileira será no dia 1 de setembro com Nathan Torquato. Silvana Fernandes entra em ação no dia 2 e Débora Menezes no dia 3.

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Edição: Fábio Lisboa

Agência Brasil