Pan: boxe brasileiro vai a 3 finais e carimba mais 2 vagas olímpicas
Bia Ferreira, Tatiana Chagas e Keno Marley lutam nesta sexta pelo ouro
Por Agência Brasil - Rio de Janeiro
O boxe brasileiro se classificou ao menos a três finais nos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile) e ainda carimbou mais duas vagas olímpicas. Nas primeiras semifinais disputadas nesta quinta-feira (26), a baiana Tatiana Chagas levou a melhor sobre a chilena Denisse Vilches, dona da casa, por 4 a 1, na categoria 54 quilos. Um triunfo e tanto para a pugilista de 32 anos que não só se credenciou para a luta decisiva pela medalha de ouro no Pan, como também assegurou presença os Jogos Olímpicos de Paris 2024. O número de finalistas pode aumentar até o término das semifinais que prosseguem esta noite. Tatiana, Bia e Keno disputam a final nesta sexta (27). A primeira luta valendo o ouro será de Tatiana, às 11h (horário de Brasília). O Pan tem transmissão ao vivo no site do Canal Olímpico do Brasil.
"[A torcida contra] mexeu um pouco, sim, isso deu mais gás a ela [a adversária chilena], que veio mais agressiva para cima de mim, mas sou brasileira, sou determinada, e fui na raça”, analisou a baiana, ouro ano passado nos Jogos Sul-Americanos de Assunção (Paraguai). “Estou feliz, mas vou ficar mais feliz ainda quando eu conquistar uma medalha olímpica, esse é meu grande objetivo”, revelou Tatiana, em depoimento ao Comitê Olímpico do Brasil (COB).
A bicampeã mundial Beatriz Ferreira, que ontem carimbou a vaga olímpica ao se classificar à semifinal dos 60 kg, voltou a vencer nesta quinta (26) e vai disputar a segunda final consecutiva dos Jogos Pan-Americanos. Natural de Salvador (BA), Bia superou hoje a norte-americana Jajaira Gonzalez, por 4 a 1. A brasileira vai buscar o bi pan-americano às 11h30 desta sexta (27).
“A gente sabia que ela [a norte-americana Jajaira Gonzalez] ia usar os golpes retos, ia tentar encurtar para poder dar uma enrolada na luta caso ela estivesse em vantagem. Então, eu também queria utilizar os retos, mas também os golpes no corpo para fazer com que ela desse uma abaixada na adrenalina e não vir atacando com muito ímpeto. Consegui acertar uns belos ganchos nela. É a primeira vez que encontro essa adversária. Então, daqui para frente, acredito que eu terei mais facilidade de enfrentá-la, porque já vou saber como é", analisou Bia Ferreira, vice-campeã olímpica em Tóquio.
No boxe masculino, Keno Marley (92 kg) avançou à final por W.O. (sigla em inglês que significa ausência do adversário). O brasileiro lutaria a semi hoje com o canadense Bryan Colwell, que não passou no exame médico em razão de um corte profundo no supercílio. Com a classificação à final dos 92 kg, de quebra Keno garantiu o direito de competir pela segunda vez em Olimpíadas: a primeira delas foi em Tóquio. O baiano sobe ao ringue para a luta final às 19h40 desta sexta (26).
"Uma situação atípica, ganhei sem lutar, mas lutei muito para chegar aqui, treinei bastante. Estou feliz porque sei que, se não desse dessa forma, seria no ringue. Estou meio aéreo, parece que a classificação não chegou, ainda tentando me situar, mas amanhã ( 27) tem a final Pan-Americana. É um título que eu quero muito, venho me preparando desde Lima 2019. Já tenho uma prata, mas agora quero o ouro”, afirmou o pugilista, nascido em Sapeaçu (BA).
Brasil garante dois bronzes
A brasiliense Viviane Pereira (75kg) e o paulista Luiz ‘Bolinha’ Oliveira (57 kg) perderam as semifinais nesta quinta (26) e confirmaram a medalha de bronze – nas duas categorias, a classificação à semi já garante por si só o bronze. Viviane foi superada pela panamense Atheyna Bylon, e Bolinha pelo norte-americano Jamal Harvey.
Edição: Cláudia Soares Rodrigues