Órgão contra crime organizado vai analisar caso da base do Corinthians

18/05/2016 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Promotor Paulo Castilho encaminha a denúncia ao Gaeco, que vai decidir se vai instaurar um inquérito. Enquanto isso, Comitê de Ética começa a ouvir envolvidos

Grupo do Ministério Público especializado no combate ao crime organizado, o Gaeco foi acionado nesta semana para analisar as denúncias que explodiram na base do Corinthians sobre o caso que envolve a venda irregular de 20% dos direitos econômicos do garoto Alyson José da Motta, de 16 anos, ao empresário americano Helmut Niki Apaza. A informação, publicada no portal Uol, foi confirmada pelo GloboEsporte.com.

Segundo a assessoria de imprensa do MP, as denúncias foram enviadas pelo promotor Paulo Castilho na terça-feira, mas ainda não foram analisadas pelos responsáveis. Após a primeira análise, o Gaeco decidirá se irá instaurar um inquérito. Só depois disso poderá convocar os envolvidos para que sejam ouvidos em depoimentos.

Paralelamente a isso, o Comitê de Ética do Corinthians começará a ouvir as pessoas envolvidas nas denúncias do empresário americano Helmut Niki Apaza nesta quarta-feira.

São esperados no clube o diretor-adjunto de futebol Eduardo Ferreira, o conselheiro Manoel Evangelista, o Mané da Carne, e José Onofre de Souza Almeida, diretor-geral da base alvinegra. Ex-gerente geral, Fábio Barrozo não irá comparecer por orientação de seu advogado.

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O agente alega que foi enganado por ambos e que teve um prejuízo de US$ 110 mil.  A comissão é presidida por Sergio Alvarenga e tem outros quatro conselheiros como integrantes: Carlos Roberto Elias, José Luiz Cecilio, Daniel Leon Bialski e Luiz Eduardo da Silva.

Evangelista é um dos conselheiros com maior influência no Parque São Jorge e sempre foi um dos grandes aliados de Andrés Sanchez, de quem é funcionário na Câmara dos Deputados. Ele diz que só ajudou na chegada de Alyson ao clube, mas nega que tenha recebido dinheiro.

Caso seja considerado culpado, Mané da Carne pode ser advertido, suspenso ou até expulso do Conselho. Ao GloboEsporte.com, ele declarou que entregará sua carteirinha de conselheiro vitalício e de sócio remido assim que for comprovado que não tem ligação com o escândalo. Além disso, disse que o clube é um antro de prodridão.

Por GloboEsporte.com