Operário quer aproveitar erros do Botafogo-PB para avançar

13/02/2019 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

O Operário recebe o Botafogo-PB hoje, às 20h30min, no Morenão, pela primeira fase da Copa do Brasil. Maior campeão do Estado, com 11 títulos, o Galo volta ao principal mata-mata do País após 13 anos com a missão de vencer para evitar a eliminação.

O regulamento da Copa do Brasil prevê que o clube melhor colocado no ranking nacional da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tem a vantagem do empate para se classificar à segunda fase. Fora de competições nacionais desde 2008, quando disputou a Série C do Campeonato Brasileiro, o Galo não aparece na lista. O Belo, que joga a Série C, ostenta a 46ª posição.

O técnico do Operário, Arilson Costa, garante que estudou o adversário e não admite a possibilidade de alterar o comportamento do time para o jogo de hoje.

“É uma excelente equipe. Eu vi alguns jogos deles. E a gente está trabalhando em cima disso. Mas de forma alguma nós vamos mudar nossa maneira de jogar aqui dentro de casa. Claro, vamos pontuar algumas coisas boas deles, coisas ruins também, tentar jogar em cima dos erros deles, para a gente conseguir a classificação”, falou o treinador no último domingo, após a vitória por 3 a 0 sobre a Serc, pelo Campeonato Estadual.

Já de olho na Copa do Brasil, Costa poupou parte de seus titulares no fim de semana. Na zaga, André Paulino e Rodrigo Arroz não foram sequer relacionados. No meio campo, o volante Eduardo Arroz também jogou, enquanto o armador Jean Carlo começou no banco de reservas. No ataque, Jorginho e Thiago Miracema descansaram.

A última atividade do Galo antes do duelo foi realizada na manhã de ontem. O clube escolheu o Estádio Municipal de Terenos - distante 30 quilômetros de Campo Grande - para o apronto.

Além do lado técnico, o jogo com o Belo pode representar lucro para os cofres do Operário. Com R$ 525 mil já garantidos como premiação por participar da primeira fase, o Galo pode faturar mais R$ 625 mil caso vença o time paraibano.

A renda das bilheterias também depende da classificação. Uma vez eliminado, o Galo ficará apenas com 40% do líquido arrecadado. Se passar, assegura 60%.

Segundo o presidente operariano, Estevão Petrallás, o bônus pela participação na primeira fase já é utilizado pelo clube para custear despesas, entre elas a folha de pagamento de atletas e comissão técnica. O mandatário garante que não faz projeções com o prêmio pela classificação à fase seguinte.

A última participação do Operário na Copa do Brasil foi em 2006, quando foi eliminado por outro Botafogo, o carioca, na primeira fase.

Esta é a décima vez que o Galo joga a Copa do Brasil. Sua melhor campanha foi em 1990, única oportunidade em que sobreviveu à primeira fase, quando eliminou o Mixto-MT e depois caiu para o Goiás.

O Operário colocou carga de ingressos para venda antecipada em quatro pontos: Box do Gordinho (Mercadão Municipal), Padaria Toscano (Av. Coronel Antonino, 619), Cerv Já Conveniência (Av. Afonso Pena, 3.799) e Clube Ypê (Rua Dr. Eduardo Olimpio Machado, 300).

O bilhete para arquibancada custa R$ 20 e para cadeiras vale R$ 30. Beneficiados por lei têm direito à meia-entrada.

Invencibilidade é trunfo da equipe paraibana

Para avançar, o Operário vai precisar quebrar a sequência de oito jogos de invencibilidade do Botafogo-PB. Os paraibanos somam cinco vitórias em cinco jogos pelo Estadual, além de dois empates e um triunfo sobre o Fortaleza, do técnico Rogério Ceni, pela Copa do Nordeste.

O time do técnico Evaristo Piza treinou ontem no gramado do Morenão. Na segunda-feira, o comandante disse que estudou a forma de atuar do Galo.

“A gente sabe do Operário, time que vai ter o fator casa. Tem jogadores experientes no elenco. Time grande de Campo Grande. Temos bastante informações. Acredito também que o Arilson deve ter bastante informação nossa. É assim hoje o futebol. Um estuda aqui, o outro estuda ali. As informações chegam. Hoje com a tecnologia é fácil. A gente tem imagens, jogos, perfil do elenco”.

Piza também não é favorável a alterar a postura da equipe em campo. “Não posso mudar por um jogo. Claro que a gente tem a possibilidade de não perder, só que nossa equipe vem sendo preparada sempre para ganhar. Não posso inverter isso agora. Se eu sempre condicionei ela a ser organizada, dentro ou fora de casa, ter um padrão. Se em um jogo eu querer mudar o que eu pus como princípios de jogo, eu posso gerar uma dúvida na cabeça deles”.

Esta é a 16ª participação do Belo na Copa do Brasil. A melhor campanha do clube da Paraíba na competição foi em 2016, quando chegou às oitavas de final e caiu diante do Palmeiras, campeão brasileiro daquele ano. 

Por JONES MÁRIO

Foto: Luiz Alberto / Correio do Estado

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