Operário descarta Morenão para Série D
O Operário deve mandar seus jogos pela Série D do Campeonato Brasileiro no Estádio das Moreninhas. O clube já conta com um eventual impedimento de atuar no Morenão, já que as reformas solicitadas pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) não foram realizadas.
O presidente do Galo, Estevão Petrallás, adiantou que vai encaminhar a documentação necessária à Fundação Municipal de Esportes (Funesp), gestora do Estádio das Moreninhas, na próxima segunda-feira.
“Nos reunimos com a UFMS esta semana, quando nos apresentaram as exigências do MPMS. O tempo [para executar as reformas] é muito exíguo e durante o Campeonato Estadual não dava para fazer por causa da segurança ao torcedor”, disse o dirigente.
A Série D começa no dia 4 de maio. O grupo do Operário é o 11 e conta também com Patrocinense-MG, União-MT e Anapolina-GO.
O MPMS liberou o Estádio Morenão, para a realização dos jogos do Campeonato Estadual no dia 17 de janeiro deste ano. Porém, notificou a Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) a adotar providências para evitar uma “eventual interdição”.
O MPE pediu reparos, consertos e correções classificadas como de “grau de risco médio” indicadas no laudo de vistoria de engenharia, acessibilidade e conforto, realizado também em janeiro.
A FFMS deveria corrigir até este mês problemas no sistema estrutural (armaduras expostas, com baixo cobrimento e corrosão) e no sistema elétrico - não foram apresentados alguns relatórios de ensaio e exames, projeto do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), e falta de placas de identificação e advertência.
As reformas não foram feitas. A UFMS respondeu que “somente por meio de parcerias será possível realizar as adequações”. O presidente da FFMS, Francisco Cezário, foi procurado, mas não atendeu ou retornou as ligações.
O MPMS ainda não deliberou nenhuma recomendação para interdição do estádio. Os laudos exigidos para regularização do local - de segurança, prevenção e combate a incêndio e pânico, condições sanitárias e de higiene e vistoria de engenharia - estão todos dentro do prazo de validade e não vencerão antes do fim do Campeonato Brasileiro Série D.
A reportagem também procurou o MPMS, mas não houve resposta até o fechamento desta matéria.
MAIS REFORMAS
Além dos reparos dos problemas de grau de risco médio, o MPMS também pediu que as recomendações feitas em laudo elaborado pelo Departamento Especial de Apoio às Atividades de Execução (Daex) sejam atendidas até julho.
A divisão solicitou estudos e testes na estrutura do estádio a fim de atestar ou não a segurança estrutural da marquise; inspeção na manta aplicada sobre a marquise, cuja garantia do fabricante expirou há cinco anos; pintura da face inferior da cobertura com tinta látex, para possível constatação de infiltrações; e criação de um plano de manutenção continuada.
Por JONES MÁRIO
Foto: Arquivo / Correio do Estado
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