Olimpíadas: nadadora Viviane Jungblut supera covid-19 e vai aos Jogos

01/07/2021 11h43 - Atualizado há 3 anos

Fora da seletiva de abril, gaúcha aproveita repescagem

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Satiro Sodré/SSPress/CBDA/Direitos Reservados

Por Juliano Justo - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional - São Paulo

No final de abril, quando a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) promoveu a seletiva olímpica para definir a equipe de natação para a Olimpíadas, a gaúcha Viviane Jungblut estava com o novo coronavírus (covid-19) e não pôde cair na água da piscina do Parque Aquático Maria Lenk.

“Na semana anterior à competição veio o teste positivo. Tive que ficar em isolamento no hotel no Rio de Janeiro. Foi muito difícil. Estava bem em frente do Maria Lenk. Todo dia, eu abria a janela e via meus amigos nadando. No dia da minha prova, já tinha chegado em casa em Porto Alegre. Sabia que estava muito bem preparada, queria muito estar lá nadando”, afirmou a atleta à Agência Brasil.

Além dela, o técnico Kiko Klaser também acabou infectado e sofreu mais com a doença. “Não apresentei muitos sintomas. Na verdade, ele sentiu mais e teve que passar por um isolamento mais longo até. Mas ficamos um pouco mais tranquilos porque sabíamos que já estava prevista essa repescagem”, declarou a atleta.

E foi justamente nesta nova oportunidade, entre os dias 11 e 12 de junho também no Maria Lenk, que a nadadora alcançou a marca de 16min14s na prova dos 1.500 metros estilo livre. A marca exigida era de 16min32s04, só que, para se garantir no Japão, a gaúcha teria que superar o tempo de 16min27s73 (marca da atleta Betina Lorscheitter, dona da segunda vaga na seletiva de abril).

“Três semanas antes, tinha feito uma tomada de tempo, e nadei 16min24s, já perto da minha melhor marca, que era de 16min22s. Sabia que tinha condições, apesar do receio das complicações da covid-19. E, sem dúvida, ter feito esse índice e ter baixado bastante o meu tempo foram conquistas muito especiais”, afirmou Jungblut.

Com a vaga garantida para estrear em Olimpíadas, a gaúcha foca agora na preparação da prova, que será disputada pela primeira vez nos Jogos: “Não temos nenhuma base de prova olímpica nos 1.500. Temos apenas no Mundial de 2019, na Coreia do Sul. Naquela vez fiz 16min36s25 e fiquei nas Eliminatórias. Só que estava, naquela época, em um outro momento da minha carreira, focando mais nas maratonas aquáticas. Lá em Tóquio não vai ser fácil pegar final na prova, mas acredito demais. Uma raia, uma chance. Quero chegar lá e dar meu melhor. Saber que fiz tudo”, concluiu.

As disputas da natação nos Jogos de Tóquio ocorrerão entre os dias 24 a 31 de julho no Centro Aquático da capital japonesa. A equipe brasileira contará com 26 atletas. Esta será a maior seleção do Brasil em edições de Jogos Olímpicos fora do território verde e amarelo.

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Edição: Fábio Lisboa

Agência Brasil