Novo presidente do São Paulo será conhecido antes de um mês

11/10/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos

A notícia de Guilherme Palenzuela é exclusiva e taxativa: Carlos Miguel Aidar formalizará sua renúncia terça-feira à noite. A carta de demissão encerrrará a maior crise política da história são-paulina. Não há paralelo no clube desde a fusão do velho São Paulo F.C., da Floresta, em 1935, até hoje. Na coluna publicada na Folha de S. Paulo deste domingo, A Corrupção e o Futebol, falo sobre crises semelhantes em outros clubes. Jamais no São Paulo.

Em 18 meses de mandato, Carlos Miguel Aidar brigou com seu ex-aliado política, Juvenal Juvêncio, anunciou o tamanho de uma dívida quando precisou atacá-lo, diminuiu seu tamanho quando sua gestão foi criticada por Abílio Diniz, e terminou acusado de corrução pelo seu vice-presidente. Uma decepção para quem se lembrava de seus primeiros quatro anos à frente do clube, período de paz política, entre 1984 e 1988.

Na terça-feira, o presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, receberá a carta de renúncia e terá trinta dias para convocar novas eleições. Mas já está claro que o prazo deve ser menor do que um mês. A ideia será convocar as eleições na segunda quinzena, após a formalização da demissão do presidente. Pode acontecer em vinte dias.

Há a hipótese de o próprio Carlos Augusto de Barros e Silva ser candidato único. O novo presidente terá 18 meses de mandato, até abril de 2017. Ou seja, completará o mandato de Aidar. Depois desse período, poderá concorrer para dois novos períodos. O estatuto do São Paulo permite uma reeleição, mas este período de carência pós-renúncia não entra nessa conta. Serve como um período de complemento para aplacar a crise institucional.

Fonte: UOL esportes