Novo presidente da CBF gera atrito no 1º ato com eleição para vaga de Marin

05/12/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos

Ao ser escolhido na última quinta para assumir a presidência da CBF durante a licença de 150 dias pedida por Marco Polo Del Nero, o deputado Marcus Antônio Vicente (PP-ES) declarou que sua prioridade seria pacificar a entidade.

Porém, uma de suas primeiras ações incendiou ainda mais a política da confederação. Ele marcou para o próximo dia 16 eleição para definir o substituto de José Maria Marin, suspenso temporariamente pela Fifa desde que foi preso na Suíça. O coronel Carlos Antônio Nunes deve ser o candidato da situação.

A medida desagradou ao grupo do opositor Delfim Peixoto, presidente da Federação Catarinense. Por ser o vice mais velho da confederação, ele assume a presidência da entidade se Del Nero renunciar ou, no entender da maioria dos presidentes de federações, for suspenso pela Fifa.

Acontece que Nunes é mais velho que Delfim e passaria a ser o primeiro na linha sucessória. Além disso, o grupo ligado ao catarinense alega que Marin não pode ser substituído, pois foi suspenso provisoriamente pela Fifa. Ao anunciar seu afastamento, a CBF disse que medida valia até o processo ser concluído. Assim, o entendimento é de que o cargo não está vago, como diz a ata de convocação da assembleia.

Assim, o gesto de Vicente foi visto como uma manobra para assegurar que Delfim não assuma a presidência.

O prazo para as inscrições se encerra no próximo dia 11, o que mostra a pressa da entidade. Cada candidato precisa apresentar a assinatura de apoio de oito federações e de cinco clubes.

Fonte: UOL esportes/Blog do Perrone