Novo deve selar parceria com Palmeiras e ter heroi de 1993 na comissão

17/12/2018 00h00 - Atualizado há 4 anos

Depois de disputar a Série D deste ano com um time de aluguel em parceria com o empresário de jogadores César Soler, o Novo deve fechar outro acordo para ter um elenco afim de disputar o Campeonato Estadual do próximo ano. Mas a aposta será alta: as negociações são com o Palmeiras, atual campeão brasileiro e time mais rico do País.

Segundo o portal Esporte MS, o presidente do clube campo-grandense, Américo Ferreira, negocia para ter como técnico o ex-atacante Evair, eterno heroi alviverde do título paulista de 1993, ao marcar de pênalti o gol que selou a vitória por 4 a 0 sobre o rival Corinthians em 12 de junho daquele ano. O resultado encerrou 16 temporadas sem título do clube paulistano.

Ate hoje Evair, considerado por alguns um dos melhores centroavantes do futebol brasileiro, é idolatrado pelos palmeirenses. Tanto que se tornou funcionário informal do clube marcando presença em eventos como lançamentos de uniformes de jogo, inaugurações da loja oficial e propagandas para o programa de sócio-torcedor do Verdão.

Evair, que também acumula passagens por gigantes do futebol brasileiro como Vasco da Gama, Portuguesa, São Paulo, Guarani, Coritiba e a própria Seleção Brasileira,  já treinou Vila Nova, em 2004, e também Anápolis, CRAC, Itumbiara, fechando o ciclo como professor em 2014 no River do Piauí. 

Ex-camisa 9 do Verdão é presença constante em eventos oficiais do clube: rescaldo do fim da fila 

A informação é de que Evair teria como auxiliar na comissão o ex-meia Piá. Polêmico, o agora treinador jogou por clubes como Ponte Preta, Santos, Corinthians e Portuguesa é mais conhecido pela conturbada vida fora dos gramados, ainda quando jogador. Em 1999, ainda atuando, foi indiciado como coautor do assassinato de um mecânico, em uma lanchonete de Limeira (SP). A acusação era que Piá foi o responsável por dar a ordem para um primo pegar o revólver em seu carro e atirar na vítima. Ele foi absolvido.

Depois de pendurar as chuteiras, o ex-meia foi detido em flagrantes mais três vezes no interior de São Paulo, todas por tentativas de estoyrar caixas eletrônicos. Respondendo processos em liberdade, pelo bom comportamento, Piá tenta a reabilitação com o futebol. Chegou a ser treinador do Independente de Limeira.

CONFUSAO

A informação de que Palmeiras e Novo estariam negociando um acordo teria surgido por engano por diretores do próprio Verdão.

O Correio do Estado apurou que conselheiros se enganaram ao observar o sorteio da Copa do Brasil, que teve a presença do tradicional Operário, que volta à competição no próximo ano pela primeira vez desde 2006. Pensamos que o Operário e o Novoperário fossem o mesmo time, disse uma fonte do clube paulista, por telefone. O Galo, na verdade, já terá Arilson, ex-jogador do próprio Palmeiras, como técnico.

Com carreira tumultuada, Piá chegou a ter passagem relâmpago pelo Corinthians em 2004

Animados, esse grupo de conselheiros, ligados ao presidente palmeirense Maurício Galiotte, trataram de avisar jornalistas que acompanham o Verdão de que atletas que não seriam aproveitados pelo técnico Luiz Felipe Scolari em 2019 seriam repassados a um time de Mato Grosso do Sul.

No caso, ao time errado.  Repórteres procuraram colegas de profissão de Campo Grande para repercutir sobre a participação do Novoperário na próxima Copa do Brasil. O Novo, na verdade, jogou a competição nacional neste ano e foi eliminado na primeira fase, pelo Salgueiro (PE), no Morenão.

ELENCO

A princípio, os jogadores palmeirenses que viriam para formar o elenco do Novo na disputa vciriam do time sub-23, que jogou as competições nacional de aspirantes. Algum destaque (leia-se jogador mais conhecido) que possa estar fora dos planos do Felipão poderia vir, mas dpeende do poder de barganha do ídolo Evair.

Como aconteceu no segundo semestre, quando o acordo com Soler só foi anunciado às vésperas da estreia na Série D, o Novo mantém o assunto em sigilo e não comenta. Na ocasião, a base de atletas que desembarcou em Campo Grande foi a do Nacional, tradicional clube da capital paulista que quase subiu para a elite do Paulistão. Aqui, contudo, o clube não conseguiu passar da primeira fase da quarta divisão nacional.

Por RAFAEL RIBEIRO

Foto: Reprodução

CORREIO DO ESTADO