Medalha 100, vitória no rúgbi e volta de Alan Fonteles: confira o top 5 do 4º dia
O quarto dia dos Jogos Parapan-americanos de Toronto reservou um dos momentos mais aguardados do evento: a volta do velocista Alan Fonteles às grandes competições. Visivelmente fora de forma, o campeão paralímpico ficou com a prata nos 100m rasos da classe T44. A terça-feira teve ainda a medalha de número 100 do Brasil no Parapan 2015, obtida por Marcelo dos Santos na bocha. A natação também teve um dia de grandes conquistas, com destaques para o ouro de Carlos Farrenberg, Talisson Glock e Matheus Rheine. Veja o top 5:
A VOLTA DE FONTELES
Afastado das grandes competições por questões físicas e problemas particulares, Alan Fonteles estreou no Parapan de Toronto com uma medalha de prata nos 100m rasos da classe T44. Com o tempo de 10s98, ele terminou a prova atrás apenas do americano Jarryd Wallace, que bateu o recorde mundial da prova, com 10s71. Alan continuou como recordista mundial da classe T43, com 10s57 - as duas foram unificadas em Toronto, assim como será nas Paralimpíadas de 2016.
- Muita gente acreditou que eu não estaria bem, nem conseguiria índice para o Parapan. Muitas coisas foram faladas. Só fiquei escutando. Foi um momento de agradecimento, de pedir a Deus que eu conseguisse o índice (para o Mundial). Sabia que não estava muito preparado, mas agradeci a Deus por estar aqui. É uma competição que ainda não desencantei. Não tenho ouro em Parapan - disse Fonteles, que ressaltou que a sua prioridade este ano é o Mundial.
O Brasil chegou, nesta terça-feira, à marca de 100 medalhas no Parapan de Toronto. O número redondo foi alcançado após o bronze de Marcelo dos Santos na classe BC4 da bocha. Ele foi seguido por quatro ouros nas respectivas classes individuais, além de outro bronze na modalidade. O desempenho perfeito da bocha brasileira teve início com José Chagas, na BC1. Ele bateu o canadense Hanif Mawji e ficou com o título. Maciel de Souza foi ouro na BC2, após vencer o também canadense Adam Dukovich. Em outro duelo contra os donos da casa, na BC3, Richardson Santos levou a melhor sobre Eric Bussiere. Eliseu dos Santos completou a festa brasileira ao bater Euclides Diaz, da Colômbia, na BC4. Houve ainda o bronze de Antônio Leme, que bateu Danielle Martins na disputa do terceiro lugar.
- Eu queria que fosse uma final caseira, mas o colombiano vem jogando muito bem, mas o ouro foi lá para casa. Em 2011, em Guadalajara, não consegui medalha pois perdi nas quartas-de-final. Então, para mim, aqui era o sonho de ganhar a medalha - disse Eliseu dos Santos.
Apesar de não contar com os renomados Daniel Dias e Andre Brasil, que não disputaram provas nesta terça-feira, o Brasil abocanhou 13 medalhas na natação, com destaques para os ouros de Carlos Farrenberg (50m livre S13), Talison Glock (200m medley SM6) e Matheus Rheine (50m livre S11). Houve ainda duas medalhas de prata e oito de bronze.
- Este é o meu terceiro Parapan e é bom ver que de 2007 para cá o nível vem aumentando. Queria ter nadado para 23s aqui, mas depois de ter nadado o Mundial de Glasgow eu sabia que seria difícil encaixar duas competições em sequência - comentou Carlão.
Potência das Américas no rúgbi convencional. a Argentina levou um senhor passeio da seleção brasileira de rúgbi de cadeira de rodas nesta terça. Sem deixar se intimidar com o rival, o Brasil venceu o clássico por 63 a 37. Foi a segunda vitória brasileira em quatro jogos realizados na competição. Antes, a seleção verde-amarela havia vencido a Colômbia e perdido por Canadá e Estados Unidos. Nesta quarta, o Brasil encara o Chile ainda pela primeira fase.
Recuperada de um câncer linfático localizado na garganta, doença a qual a deixou sem treinar por boa parte do último ano, Rosinha mostrou que está em forma mesmo aos 43 anos. Nesta terça, a campeã paralímpica em Sidney 2000 estreou na competição com uma medalha de bronze no arremesso de peso categoria F56/57. Foi a 10ª medalha de Rosinha em Parapans. Ela participou de todas as edições do evento.
A veterana fez 8,37 metros de marca e 701 de pontuação de índice técnico. O ouro ficou com a mexicana Angeles Ortiz, com 930 pontos e a prata com a americana Angela Madsen, com 872 de pontuação.
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