Mau mandante na Série A, mas bom na Sula, Sport recebe o Junior Barranquilla-COL
Chegou o dia do jogo internacional mais importante dos últimos oito anos do Sport. Às 20h45 desta quinta-feira, na Ilha do Retiro, o Rubro-negro recebe o Junior Barranquilla-COL no primeiro de dois duelos das quartas de final da Copa Sul-Americana, fase na qual o clube nunca havia alcançado em todas as quatro edições anteriores que participou da competição. A fim de avançar para uma também inéditas semifinais, o Leão espera fazer valer um mando de campo que não tem funcionado no Brasileirão, mas que foi fator preponderante para o time chegar até aqui no torneio continental.
Na Série A, a dois pontos da zona do rebaixamento, o Sport não ganha como mandante há sete rodadas - uma na Arena de Pernambuco e seis na Ilha. Foram duas derrotas e cinco empates no período. Retrospecto que contribuiu para os leoninos deixarem o grupo de classificação à Libertadores, sendo impelidos para perto do Z4 no segundo turno. Mas na Sul-Americana a história é totalmente diferente. Todas as três classificações da equipe foram encaminhadas justamente dentro de casa.
Assim como agora, o Sport fez todos os jogos de ida desta Sul-Americana na Ilha do Retiro. Não ganhou nenhuma das partidas de volta, na casa dos adversários, porém sempre conseguiu vencer bem no Recife. Na primeira fase, aplicou 3 a 0 no Danubio-URU em seu estádio. Já no Uruguai, sofreu o mesmo placar e garantiu a classificação nos pênaltis. Depois, derrotou o Arsenal de Sarandí-ARG por 2 a 0 na capital pernambucana. Saldo suficiente para que pudesse perder por 2 a 1, na Argentina. Por fim, nas oitavas, aplicou 3 a 1 na Ponte Preta junto da torcida rubro-negra. No reencontro em Campinas, levou só 1 a 0 da Macaca e pôde chegar às quartas de final.
Pela passagem às sêmis e mais um aporte de R$ 1,7 milhão, o Sport encara a sua partida de nível internacional de maior importância desde 2009, quando foi eliminado pelo Palmeiras nas oitavas da Libertadores. Para ir mais longe na Sul-Americana, o elenco sabe que precisa que a Ilha seja o diferencial que não tem sido na Série A. “Essa ‘bipolaridade’, não tem como explicar. O que a gente pode fazer é tentar mudar isso aí. Tem que ver o lado bom. Esquecer o lado ruim do Brasileiro e pensar no lado bom da Sul-Americana. Foram placares elásticos em casa e tem que pensar numa vitória para encaminhar a classificação”, falou o atacante André.
Time
Machucado no tornozelo, Rithely teve veto confirmado pelo departamento médico. Thallyson e Rodrigo disputam a vaga, mas outra possibilidade é Patrick ser deslocado da ponta para a cabeça de área. Assim, Mena jogaria aberto pela beira e Sander assumiria a lateral esquerda. Lesionado na coxa, Raul Prata também não joga e deve voltar a dar lugar a Samuel Xavier na lateral direita. Outras baixas são Wesley e Osvaldo - inscritos na Sul-Americana pelo São Paulo e Fluminense, respectivamente. A vaga do titular Osvaldo fica entre Rogério, Lenis ou Juninho.
Sport
Magrão; Samuel Xavier, Henriquez, Durval e Sander; Anselmo, Patrick, Rogério (Lenis ou Juninho), Mena e Diego Souza; André. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Junior Barranquilla
Vieira; González, Ávila, Pérez e Gutiérrez; Cantillo, Narváez, Barrera e Ovelar; Chará e Teo Gutiérrez. Técnico: Julio Comesaña.
O Sport como mandante
Na Sul-Americana: 3 jogos/3 vitórias/100% de aproveitamento
Na Série A: 15 jogos/4 vitórias/1 empate/10 derrotas/28,8% de aproveitamento
O jejum como mandante na Série A: 7 jogos/2 empates/5 derrotas/9,5% de aproveitamento
Estádio: Ilha do Retiro (Recife-PE). Horário: 20h45 (do Recife). Árbitro: Fernando Rapallini-ARG. Assistentes:Gustavo Rossi-ARG e Ezequiel Brailovsky-ARG. Ingressos: R$ 10 (sócios), R$ 15 (arquibancada da sede e visitantes) e R$ 20 (arquibancada frontal).
Super Esportes
Foto: Ricardo Fernandes / DP