Jogo da garrafada gera crise entre Barça e organização da Liga espanhola

26/10/2016 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

O incidente ocorrido no final da partida entre Barcelona e Valencia, quando uma garrafa dágua foi atirada em direção aos jogadores do time visitante no Estádio Mestalla, gerou uma crise entre a Liga Espanhola e o clube catalão.

Tudo começou com uma declaração do presidente da Liga Javier Tebas, que acusou os jogadores do Barcelona de exagero na reação à garrafada. As imagens mostram que o objeto atingiu Neymar e Mascherano, mas outros jogadores do time também caíram no gramado.

Parecia um jogo de boliche. Sentiram a água. Todos vimos as imagens. Milhões de crianças estavam assistindo. Se meus filhos vissem eu fingindo ou algo parecido, teria vergonha de vê-los depois, disse em entrevista à emissora espanhola SportYou.

Javier Tebas disse ainda que a alegação de que Neymar provocou a torcida do Valencia antes da garrafada é grave.Eu não gosto. Não sei se foi o Neymar ou quem foi, mas tal comportamento deve ser evitado. Quando você vê tanta gente tem que tentar evitar. Eu não gostei do que aconteceu, disse.

As declarações provocaram uma reação do vice-presidente do Barcelona, Jordi Mestre. O dirigente disse que a preocupação da organização da Liga Espanhola deveria ser em evitar novos incidentes como o do último fim de semana.

Eu estava em Valencia e poucas vezes, para não dizer nenhuma, vi um ambiente tão hostil. O que deveria fazer Tebas é evitar a violência nos estádios. E não atacar os jogadores que são o que dão espetáculo e que permitem vender a Liga na China, na Ásia ou nos Estados Unidos, disparou.

A polêmica também envolve o Valencia. Diante da alegação de que Neymar provocou a torcida, o clube estuda denunciar o brasileiro por ofensas. O clube recorreria ao artigo 93 do Código Disciplinar da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), o qual prevê suspensão de 4 a 12 partidas para jogadores que provocarem o público ou causarem distúrbios na plateia.

Uol