Jogo a jogo: meio misto, meio reserva, começa o Brasileirão de 2015

11/05/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Carlos, de costas para o gol, briga pela bola e consegue tocar para Josué. O volante dá dois toques nela: um para dominar, outro para acionar Jô. E o centroavante repete o repertório do colega, mas com a outra perna: ajeita de esquerda e com ela mesma manda para a rede. É o segundo gol do Atlético-MG no empate por 2 a 2 com o Palmeiras – um lance que envolve três jogadores que foram reservas do Galo três dias antes, em outro 2 a 2, contra o Inter pela Libertadores, e que seriam titulares na maioria das equipes deste Campeonato Brasileiro. O lance, e a atuação dos suplentes atleticanos como um todo, tem lá seu simbolismo: em uma largada de competição que viu times reservas ou mistos em metade dos jogos, ter elenco é essencial.

Só que ser essencial não é ser suficiente. Atlético-MG, São Paulo, Corinthians, Cruzeiro, Inter e Figueirense preservaram titulares na largada do Brasileirão. E colheram frutos diferentes para o risco que plantaram. O Tricolor usou formação mista, e ela foi suficiente para bater o Flamengo – com o auxilio de Ganso e Pato, ejetados do banco para decidir a partida. O Cruzeiro também montou um mistão, mas foi derrotado: curiosamente, por outro time que poupou seus protagonistas, o Corinthians, apenas com Cássio de titular. Enquanto isso, Inter e Figueirense viveram situação parecida dentro de uma realidade muito diferente: os gaúchos levaram 3 a 0 apesar de ter elenco forte; os catarinenses apanharam de 4 a 1 justamente por não ter.

O interesse secundário de tantos clubes, por causa de Libertadores e Copa do Brasil, esfriou a primeira rodada do Brasileirão. A média de gols foi boa, de 2,8 por partida, e houve apenas um 0 a 0 - o do sonífero entre Vasco e Goiás. Destaque para Walter, o melhor em campo na vitória do Furacão sobre o Inter, e para os gols nos lances derradeiros de Palmeiras x Atlético-MG e Grêmio x Ponte Preta.

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