A legislação de futebol no Brasil permite ao Flamengo suspender ou rescindir o contrato de Gabigol depois que o atacante foi punido com dois anos de gancho por fraude ao exame antidoping realizado em 8 de abril do ano passado. Seria possível, inclusive, que o Rubro-Negro pedisse uma indenização milionária.

Mas não é essa a ideia do presidente Rodolfo Landim. O Flamengo está disposto a brigar com Gabigol pela redução da pena na Corte Arbitral do Esporte, na Suíça. Vale a lembrança de que a decisão do Tribunal de Justiça Antidopagem, anunciada nesta segunda-feira, é a última instância no Brasil.

Gabigol tem contrato com o Flamengo até 31 de dezembro. Entre salários, direitos de imagem e luvas, receberá pouco mais de R$ 15 milhões. Porém, se não houver uma reversão da suspensão, ele nem sequer poderá mais jogar ou treinar com o restante do elenco — a expectativa é de que a pena passe a valer a partir de quinta-feira, com a publicação do acórdão.

O gancho não poderia ter vindo em pior hora para Gabigol. Nos planos traçados ao lado de seu empresário, o atacante pretendia fazer uma grande temporada com a camisa rubro-negra para abrir portas na Europa, para onde poderia se mudar sem custos a partir de 1º de janeiro.

No momento, ele tem ofertas de Palmeiras, Corinthians e Bahia. Todos dispostos a assinar um pré-contrato em julho. Porém, vale a lembrança: a suspensão de dois anos imposta pelo Tribunal de Justiça Antidopagem vale até 8 de abril de 2025 — a punição começou a valer a partir de 9 de abril do ano passado, dia seguinte ao exame surpresa feito no Ninho do Urubu.

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