Ex-CEO cita traição, fritura de Ataíde e detalha projeto oferecido ao São Paulo

14/11/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos

Demitido do São Paulo duas vezes em dois meses, por Carlos Miguel Aidar e Carlos Augusto de Barros e Silva, o ex-CEO (Chief Executive Officer) Alexandre Bourgeois se sente traído. O executivo diz ter sido fundamental para a renúncia do antigo presidente, a qual atribui ao caso Iago Maidana. Ele também aponta fritura do vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro, desde que barrou a contratação definitiva de Dória e vetou uma comissão de R$ 4 milhões.

Em entrevista do GloboEsporte.com, Bourgeois critica as supostas condições de salário e bônus do contrato do diretor executivo Gustavo Vieira de Oliveira, ao qual afirma que teve acesso – o dirigente negou nesta semana ter participação com lucro nas negociações de atletas. O ex-CEO também admite erro ao falar e se expor demais na imprensa.

Segundo Bourgeois, o plano de profissionalização proposto ao São Paulo, barrado por Aidar e Leco, tinha metas no futebol. Ele previa redução do custo mensal com o departamento, de cerca de R$ 8 milhões para algo entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões, elenco com 25 jogadores considerados de nível A e mais cinco atletas revelados no clube, e cobrança de resultados da base. Para 2016, por exemplo, a meta seria promover ao menos quatro atletas, condição para reaver parte do investimento de R$ 22 milhões anuais em Cotia, de acordo com o ex-CEO. Por fim, também planejava diminuir de 92% para 70% os gastos de receitas anuais com o futebol

O Tricolor também seria gerido por um conselho de administração, no qual o presidente teria de se submeter a decisões colegiadas e poderia ser voto vencido. A reportagem procurou o São Paulo e os dirigentes citados por Alexandre Bourgeois, mas eles não quiseram se pronunciar.

Fonte: Globo Esporte