Entenda as razões que levaram o Inter a escolher Lisca para evitar Série B
O Internacional ficou menos de quatro horas sem técnico. Demitiu Celso Roth depois do empate por 1 a 1 em casa contra a Ponte Preta, e durante a madrugada desta sexta-feira (18) anunciou Lisca, que será apresentado pela manhã, no Beira-Rio. Cria do clube, Luiz Carlos de Lorenzi assume pela primeira vez o time principal.
A tarefa não será fácil. Na zona de rebaixamento faltando três jogos para o fim do Brasileirão, Lisca precisará mobilizar rapidamente o grupo de atletas, conseguir somar pontos contra Corinthians e Fluminense fora de casa e principalmente ganhar do Cruzeiro no Beira-Rio.
Entenda por que o clube escolheu o profissional de 44 anos, que tem passagens por clubes do interior gaúcho, Inter e Grêmio em categorias de base, Luverdense, Ceará, Náutico, Joinville e Sampaio Correa no principal.
Choque no elenco
O Internacional detectou a necessidade de dar um choque no elenco de jogadores. Com Celso Roth, o efeito inicial foi positivo, mas aos poucos o ímpeto pela fuga da Série B se perdeu. O time passou a jogar pouco até que o ápice ocorreu na demissão. A chegada de Lisca, até pelo perfil enérgico do técnico, serve como propulsor para uma recuperação rápida e imediata.
Ceará de 2015
O Ceará tinha ficado 28 rodadas na zona de rebaixamento da Série B de 2015. Saiu com Lisca. Contratado em situação de emergência, o treinador resgatou um time que parecia fadado à queda. Com quatro vitórias em cinco jogos, elevou a moral do grupo, que posteriormente se manteve fora da zona de rebaixamento. Lisca chegou a somar 70% de aproveitamento de pontos no clube cearense, que terminou a competição dois pontos acima da linha de queda.
Formado no Inter e acerto rápido
Lisca não terá problemas de adaptação ao Internacional. Formado treinador no clube, passou três vezes pelas categorias inferiores do Colorado. Já foi comandado pelo vice de futebol Fernando Carvalho, e é ciente da pressão para evitar o primeiro rebaixamento da história do clube. Além disso é torcedor do Inter e desde criança conviveu com o clube por força do avô, que foi goleiro da equipe. Não bastassem tais argumentos, o acerto com ele foi rápido e, por morar em Porto Alegre, poderá imediatamente assumir suas funções.
Como em 2002: a última cartada
Além de todos os motivos que encontrou para contratar Lisca, o Internacional ainda tem uma aposta particular. Repetir 2002, quando mudou de treinador nas últimas rodadas do Brasileiro e conseguiu escapar do rebaixamento. Claudio Duarte foi quem assumiu no lugar exatamente de Celso Roth. O time estava fora da zona de queda, era 22º (a partir do 23º eram rebaixados). Na estreia, empate com o São Caetano fora de casa. Em seguida derrotas para Juventude e Cruzeiro e uma vitória contra o Paysandu evitou o pior.
Uol