Em crise, construtora recebe oferta para vender estádio do Palmeiras
A WTorre é a responsável pelo Allianz Parque, estádio do Palmeiras. No entanto, a construtora está passando por uma crise financeira, enfrenta um pedido de falência e tem proposta para vender o local com a melhor média de público do Brasileirão, 34 mil pessoas por jogo. As informações são da Folha de S. Paulo.
Segundo o jornal, a AEG - multinacional americana que há um ano gerencia o estádio e cria novas fontes de receita - enviou uma proposta para assumir a arena em troca de acabar com as dívidas da WTorre. A oferta é uma dos reflexos da situação que envolve clube, construtora e a empresa dos Estados Unidos. Embora esteja fora das investigações da Operação Lava Jato, a WTorre não consegue financiamentos. Os bancos não liberaram crédito para a construção civil desde que as empreiteiras foram descobertas pagando proprina em contratos na Petrobras.
Com isto, a WTorre atrasou o pagamento dos fornecedores da arena, inclusive a AEG. A dívida total chegou a R$ 80 milhões. Isso afetou o dia a dia do estádio e comprometeu a relação da construtora com patrocinadores.
Com a AEG, a discussão envolve R$ 3 milhões. Até agora, R$ 1 milhão foi pago e a diferença, parcelada. A multinacional também reclama que a construtora compromete seu faturamento porque não entrega o que prometeu. A AEG fica com 8% do valor de cada contrato. A loja do Burger King, por exemplo, demorou demais para ficar pronta (o contrato foi fechado em dezembro de 2012, e a loja só foi inaugurada neste mês). Enquanto isso, a AEG não recebe.
Consultada pela Folha de S. Paulo, a WTorre negou ter recebido uma proposta pelo Allianz Parque e afirmou que não tem interesse na venda do local. A construtora preferiu não comentar as ações de empresas insatisfeitas com a situação, como a Tejofran. O Palmeiras também se prepara para fazer um lance. Pelo contrato com a WTorre, o clube só se tornaria o dono único da arena em 2044.
Tanto a AEG quanto o Palmeiras estão de olho em um negócio promissor. Neste ano, a arena deve gerar R$ 80 milhões em receitas e dar lucro de cerca de R$ 20 milhões. No plano original, sobraria dinheiro só em 2019.
Fonte: Folha de São Paulo e Yahoo Esportes