Dificuldade para ter Cuca faz São Paulo discutir contratação de Aguirre

13/11/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos

O São Paulo quer Cuca e espera, mesmo sem otimismo, a definição do futuro do técnico na China – Cuca considera, ainda que remota, a possibilidade de ser demitido do Shandong Luneng antes do início de 2016. Enquanto isso a diretoria são-paulina analisa outros candidatos e passa a discutir qual caminho seguirá caso tenha que desistir de Cuca. Nos últimos dias, o uruguaio Diego Aguirre, ex-Internacional, passou a ser alvo de análise.

Diego Aguirre, assim como todos os outros os nomes colocados em discussão nesse momento à exceção de Cuca, não é nome de consenso entre a diretoria. Há simpatia com a ideia de contratá-lo por ter sido jogador do São Paulo em 1990 e por ser nome defendido pelo zagueiro Diego Lugano, possível contratado para 2016. Há resistência porque, na visão de parte da diretoria, ele pratica futebol muito menos ofensivo que o do colombiano Juan Carlos Osorio, apesar de também ser adepto do rodízio do elenco.

O técnico uruguaio de 50 anos foi demitido do Internacional no início de agosto, pouco depois da eliminação para o Tigres, do México, na semifinal da Copa Libertadores. Até o último domingo Aguirre estava em viagem na Europa. Desde segunda-feira está em Montevidéu, no Uruguai, e nesta última quarta-feira esteve em Porto Alegre para acertar mais alguns detalhes de sua rescisão com o Inter – não passou por São Paulo, porém.

Segundo quem acompanha o andamento das conversas, lideradas pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro e o diretor executivo de futebol Gustavo Vieira de Oliveira, o único nome que agrada a todos é Cuca. Se o técnico que passou pelo Morumbi em 2004 e foi campeão da Copa Libertadores em 2013 pelo Atlético-MG estivesse livre neste momento, já teria recebido proposta são-paulina.

O obstáculo para contratar Cuca é o milionário contrato com o Shandong Luneng, válido até o fim de 2016. O técnico já disse que quer ficar na China e não pensa em pedir demissão e abrir mão dos valores que tem a receber. A única possibilidade seria se fosse demitido, hipótese considerada por Cuca devido à troca de diretoria do clube que acontecerá neste fim de ano, ainda que considerada remota.

Membros brasileiros da comissão técnica do Shandong Luneng também duvidam da demissão de Cuca porque o clube decidiu manter o técnico no comando mesmo depois de uma suspensão de sete meses recebida em junho deste ano. Na ocasião, Cuca se envolveu numa briga com um árbitro assistente, em jogo válido pelo Campeonato Chinês, e acabou recebendo gancho pesado da federação local. Para quem trabalha com ele na China, o clube não irá demiti-lo neste fim de ano se não o fez em junho, quando anunciada a suspensão.

Além de Aguirre, o São Paulo discute outros nomes. A dificuldade para contratar Cuca derrubou de vez a preferência por treinadores brasileiros e neste momento a diretoria já abre o leque de opções para estrangeiros.

Fonte: UOL esportes