As causas do estranho acidente de Fernando Alonso durante os testes da Fórmula 1 em Barcelona no último domingo seguem um mistério. O espanhol estava a cerca de 150km/h quando saiu repentinamente da pista com sua McLaren na curva 3 chocando-se com o muro e, em seguida, arrastando-se por alguns metros contra ele. A dinâmica intrigante do acidente gerou especulações de que o espanhol poderia ter desmaiado antes da batida com o muro ou até sofrido uma descarga elétrica no cockpit do MP4-30, hipótese descartada pela equipe. Não é descartada também uma falha mecânica no carro. O empresário de Alonso, Luis García Abad, creditou o acidente aos fortes ventos que atingiam o circuito naquele período. O também espanhol Carlos Sainz Jr., da STR, foi um dos que perdeu o controle do carro em razão de uma rajada.

- Estava um vento terrível. E ele acabou indo de encontro ao muro. Os equipamentos de telemetria evidenciaram, porque ele corrigia para a esquerda e para a direita. Fernando estava pressionando o freio e mudando marchas até o momento do impacto – afirmou o empresário.

FÁBIO SEIXAS: Acredito mais em quebra de suspensão ou algo do gênero.

De acordo com a McLaren, o bicampeão sofreu uma concussão durante a batida e, por precaução, precisou passar a noite em observação no Hospital Geral da Catalunha, onde segue internado. Ainda não foram divulgados boletins médicos nesta segunda-feira. Na noite de domingo, o piloto passou por uma bateria de exames que não constatou nenhuma lesão grave.

Desmaio, descarga elétrica... batida estranha gera especulações

Sebastian Vettel, que estava atrás de Alonso no momento do acidente, classificou a batida como “estranha”. O alemão disse que o espanhol estava a cerca de 150km/h quando guinou repentinamente para a direita até bater no muro. Desacordado, o espanhol recebeu os primeiros atendimentos ainda na pista. Levado ao centro médico, foi transferido de helicóptero para o hospital mais próximo do circuito. Segundo a McLaren, Alonso estava consciente e foi capaz de conversar com os médicos quando no centro médico do autódromo.

Imagens de Alonso com a aparência abatida no dia do acidente levantaram a hipótese do desmaio antes da batida, mas seu empresário garantiu que ele “não se encontrava mal no dia”. A outra suposição, de que o piloto poderia ter sofrido uma descarga elétrica no cockpit do MP4-30, foi rebatida com veemência pela McLaren, que lembrou que a luz acima do cockpit aparecia verde logo após a batida, indicando que o carro poderia ser tocado sem riscos por comissários e mecânicos.

Segundo análise do site alemão Auto Motor und Sport, como a batida ocorreu em um ângulo lateral, não chegou a deformar suficientemente a suspensão da McLaren, fazendo com que o piloto acabasse absorvesse grande parte do impacto.

http://globoesporte.globo.com