Delegado nega interferência externa em arbitragem e diz: Que se prove

05/10/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos

A Chapecoense venceu o Palmeiras por 5 a 1, neste domingo, na Arena Condá, mas o principal debate após a partida foi a arbitragem, depois de o árbitro Jaílson Macedo Freitas ter expulsado um jogador do clube paulista e voltado atrás. A demora de 4min25s até a tomada da decisão provocou questionamentos sobre o uso de interferência externa, o que foi veementemente negado pelo delegado da partida, Marco Antônio Martins, presidente da associação nacional de árbitros de futebol (Anaf), embora ele admita que a ação poderia ter sido mais rápida - o assistente alegou falha no aparelho de comunicação.

- Houve a demora de comunicar o árbitro, tinha outras formas de comunicar. Houve esse problema de procedimento, mas a gente tem que deixar bem claro é que houve o acerto (na decisão). A informação chegou e eles acertaram. Não houve interferência externa. Quero que se prove, em algum momento, se houve interferência externa. Tem as câmeras vendo. Não houve (...) Não existe essa possibilidade mesmo porque a Fifa não permite que isso ocorra, a gente não pode burlar a regra - disse.

Marco Antônio Martins ainda elogiou a atuação da arbitragem e lamentou que o fato tenha gerado grande discussão.

- Isso é que é o grande problema do futebol brasileiro, ao invés de estarmos preocupados com uma partida de seis gols, em que a arbitragem se portou bem, acertou e, mesmo quando errou, voltou atrás e acertou, a gente está preocupado com isso. O futebol está ficando chato, está ficando tudo em cima da arbitragem, parece que o mal do futebol brasileiro é a arbitragem e isso não é verdade - disse.

O lance aconteceu aos 15 minutos do segundo tempo, quando a Chapecoense vencia por 1 a 0. Egídio desarmou Barbio e Jaílson Macedo Freitas assinalou falta e expulsou o jogador palmeirense. Após conversa com o bandeirinha e o quarto árbitro, o juiz voltou atrás e chamou Egídio de volta para o campo, cancelando o cartão vermelho. Ao explicar a demora na decisão, o delegado do jogo manteve a versão do quatro árbitro, Daniel Nobre Bins, que alegou falha no aparelho de comunicação.

- O que ocorreu foi a falta de contato entre o rádio do assistente número um e o árbitro principal. O árbitro deu a falta e no entendimento dele era para expulsão. O assistente tentou comunicar (o erro) e não conseguiu porque o rádio falhou. Na confusão houve a demora. Quando o árbitro conseguiu acalmar o ânimo do jogador, conseguiu perceber que o assistente queria dar informação. O assistente chamou e disse: Pra mim foi na bola - explicou.

A confusão sequer foi citada pelo árbitro na súmula, publicada após a partida no site da CBF.

Fonte: SporTV Globo