Corumbaense vence e abre vantagem contra o Operário na final

02/04/2018 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

O Operário demorou 21 anos para aparecer de novo na final do Campeonato Estadual. E vai precisar melhorar se quiser que seu tempo de fila não se prolongue mais que isso. Na tarde deste domingo (1), o Galo não foi páreo para o Corumbaense. Vitória por 1 a 0 do Carijó no primeiro duelo da final, no Estádio Arthur Marinho.

Era uma partida de sinas. O Corumbaense não vencia há quatro jogos. O Operário não perdia há sete. Mas em campo isso pouco se provou.

Foi um jogo de tempos bem distintos. No primeiro, os mandantes, empolgados em repetir a conquista do ano passado, partiram ao ataque, criaram boas chances e marcaram o único gol da partida, com o volante Mutuca, um dos destaques do dia.

Na etapa final, o ritmo caiu. O Operário, que não conseguiu desenvolver seu ritmo na partida, caiu ainda mais de produção. E o talvez cansado elenco do Corumbaense privilegiou o toque de bola. 

Melhor para os mandantes, que agora precisam apenas de um empate no próximo domingo (8), às 15h (de MS), no Morenão, para conquistaram seu terceiro título da competição.

O Operário, que nesse período de 21 anos foi vice apenas uma vez, em 2005, em torneio disputado em pontos corridos, tem a vantagem de jogar diante de sua torcida, apenas por uma vitória simples, afinal teve melhor campanha.

Para os operarianos, que já se empolgaram com a volta à Série De depois de 11 anos, a torcida é que haja melhoras para começar o ano que se avizinha com a condição de campeão, sem jejuns e tabus a serem quebrados. Cruzar 21 vezes à área e aproveitar apenas quatro desses lances foi pouco para o time mais tradicional do Estado.

O JOGO

A partida começou na Cidade Branca como se esperava, do mandante, atual campeão, contra o rival, na fila. Com isso, o Corumbaense buscou mais o ataque, encaixou melhor seu jogo. E levou perigo logo aos 5 minutos. O volante Mutuca aproveitou cruzamento e finalizou bem, ao lado da meta do Operário.

Aos 13, de novo Carijó. Jorginho apareceu em velocidade pela esquerda na área e finalizou, exigindo boa aparição do goleiro Pereira, que defendeu em dois tempos.

Três minutos depois, a pressão deu resultado. Mutuca, até então a melhor peça ofensiva, apareceu na entrada da área, limpou a marcação e finalizou na gaveta para abrir o marcador e colocar o Corumbaense em vantagem.

O gol equilibrou as coisas, surpreendentemente. O Operário conseguiu fechar mais os espaços e tentar dificultar o jogo do Carijó. O que não inibiram novas chances, como aos 30, quando Jorginho entrou na área, chutou e exigiu boa defesa de Pereira.

Aos 42, de novo o time de Corumbá. Na melhor chance perdida do primeiro tempo, Guilherme finalizou de primeira um cruzamento. E outra vez Pereira, que a essa altura evitava uma goleada, evitou o gol.

O primeiro tempo terminou com o Corumbaense somando sete finalizações, seis delas na meta operariana, deixando claro quem mandava na partida até então. Era preciso reagir. E o time da Capital até esboçou uma reação, com oportunidades não tão encisivas.

Foi o necessário para acordar de novo os mandantes. Aos 17, Willian recebeu cruzamento livre na área e finalizou de primeira, para fora.

O tempo ia passando. E o jogo piorando. Aos 28, Da Silva, talvez cansado pelo ritmo lento e as constantes trocas de passes que tornavam a partida mais carenciada, arriscou de longe, arrancando escassos suspiros na pouco produtiva etapa final.

O jogo caminhou para o final. O Operário melhorou, buscou mais a partida, foi mais ao ataque. E quase manteve a sina de marcar no final, no caso aos 46, com Anderson Gaúcho desviando cobrança de falta rente à trave. Aos 48, outro chute para fora. Mas era tarde. Ficou a vantagem para o Corumbaense e a esperança de um jogo melhor para o Galo na volta, domingo que vem.

Por RAFAEL RIBEIRO - Correio do Estado

Foto: Anderson Ramos/Capital News