Copa do Mundo feminina de 2027: candidatura do Brasil não prevê dinheiro público, diz ministra
Segundo Ana Moser, chefe da pasta do esporte, ideia é utilizar estrutura do Mundial de 2014 em oito sedes que ainda serão definidas: "É um momento de construção coletiva junto com a CBF"
Além do Brasil, há outras três candidaturas: a da África do Sul, uma dos Estados Unidos e do México (que em 2026, com o Canadá, receberão a Copa do Mundo masculina), e outra conjunta das confederações da Holanda, Bélgica e Alemanha.
– Estamos no começo ainda desse processo, (temos) até o final do ano para apresentar o caderno (de encargos). É um momento de construção coletiva junto com a CBF – afirmou Ana Moser.
– Não existe e muito provavelmente não existirá investimento em obras para a Copa do Mundo (de 2027). O investimento (público) que existirá será no legado para o desenvolvimento do futebol feminino – completou a ministra, que neste mês lançará uma estratégia nacional para o futebol feminino, um conjunto de ações, projetos de leis e programas com foco no esporte.
As candidaturas precisam entregar o projeto completo à Fifa até dezembro. A federação internacional prevê vistorias locais em fevereiro e definir a sede em maio do ano que vem.
De acordo com Ana Moser, o Brasil quer ter oito sedes – em 2014 foram 12 –, ainda em definição, e os aparelhos construídos ou reformados para o Mundial disputado há nove anos serão utilizados.
– A capacidade dos estádios é menor (em comparação ao torneio masculino), então há uma flexibilidade para escolher. Um dos pontos a favor da nossa candidatura é o fato de termos esse legado da Copa de 2014, não é preciso grandes investimentos.
Ana Moser diz que por enquanto o governo trabalha apenas na candidatura à Copa feminina, mas ela não descarta que o Brasil busque sediar outros grandes eventos esportivos:
– Não é a prioridade, o foco realmente é na Copa do Mundo e em implantar o Sistema Nacional do Esporte. Mas o Brasil é um país enorme, é uma vocação. Então é algo que fatalmente irá acontecer de receber grandes eventos, não só na área de esporte, mas em outros setores. Por enquanto, é a Copa do Mundo (feminina).
Por Gabriela Ribeiro e Leonardo Lourenço - GE - São Paulo