Confederação Brasileira de Vôlei faz vistoria no Guanandizão

24/09/2019 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

O superintendente de competições de quadra da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Renato D’avila, realizou uma vistoria no Ginásio Avelino dos Reis, o Guanandizão, na manhã desta segunda-feira (23). O local passa por reformas desde o início deste ano e receberá seis jogos da Liga Mundial de Vôlei masculino em junho de 2020. Na visita, o representante disse que encontrou dois pontos mais sensíveis na obra, a questão da iluminação da quadra e a quantidade de vestiários.

As seleções brasileira, alemã, italiana e russa participam do quadrangular disputado em Campo Grande entre os dias 19 e 21 de junho e, como os jogos serão simultâneos, deverá haver um vestiário para cada equipe, entretanto o ginásio possui apenas dois locais reservados para os jogadores edificado. A solução sugerida por D’avila é montar duas estruturas provisórias, do lado de fora do Guanandizão.

“Os vestiários são um problema que é possível contornar e encontrar uma solução para dar conforto aos atletas. No caso da iluminação, ela precisa ser de qualidade e atender a padrões dos Jogos Olímpicos, então o projeto vai ter que ser muito bom. Caso essa iluminação não seja permanente, porque não há necessidade para o futuro, ela deverá ser contratada como reforço”, explicou.

Segundo o superintendente, a visita desta segunda-feira foi apenas a primeira de outras que estão por vir e tem por objetivo encontrar prováveis problemas que podem ser aprontados pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB), organizadora da competição. O evento, apesar de ter sido confirmado no ginásio de Campo Grande, pode ser alterado caso a entidade, durante uma futura vistoria, encontre problemas na edificação.

“Ao longo desses meses vamos vir algumas vezes para apontar questões que vão servir também para as futuras atrações do ginásio e para evitar que o local seja vetado pela Federação Internacional. Queremos minimizar e adaptar tudo, porque não queremos trocar de local”, contou D’avila.

A vistoria foi acompanhada do diretor-presidente da Fundação Municipal de Esportes (Funesp), Rodrigo Terra, pelo titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese, pelo presidente da Federação de Vôlei de Mato Grosso do Sul (FVMS), José Eduardo Amâncio da Mota, e pelo Secretário Especial de Governo, Carlos Alberto de Assis.

Ao final da visita, Terra classificou o resultado como “melhor que o imaginado”. “Estou super feliz porque achei que iria ter várias dificuldades, mas a principal delas foi a questão dos vestiários, que nós já sabíamos que teria que ser contornada. Esse será o maior evento esportivo da história de Campo Grande”.

As recomendações do superintendente da CBV serão atendidas e uma equipe técnica da entidade também deverá vir à Capital para novas sugestões. Segundo o secretário Especial do Governo do Estado, essas modificações no projeto já estavam previstas no orçamento de R$ 2,8 milhões e não deverão gerar custos adicionais.

“Deixamos uma margem no orçamento para esse tipo de situação e todos os pedidos serão atendidos. Estamos com as obras um pouco adiantadas, porque não choveu, então nossa expectativa é terminar tudo até maio do ano que vem”, estimou Assis.

A obra é de responsabilidade da Prefeitura Municipal de Campo Grande, mas há recurso repassado ao município pelo Governo do Estado. O projeto contempla, por exemplo, na parte elétrica, troca de toda a fiação, substituição do transformador, instalação de um gerador de energia, reforço da iluminação das quadras externas com novas lâmpadas de led. 

Os banheiros também passarão por revisão geral, incluindo parte hidráulica, colocação de novos azulejos, substituição de forro e instalação de equipamentos de acessibilidade para atender pessoas com deficiência física. As intervenções incluem as bilheteira e em toda a estrutura externa de quadras com reparos no piso, nova pintura, novas tabelas de basquete, alambrados. Haverá instalação de tátil no entorno, reurbanização com plantio de grama e troca de lojas.

Teto do Guanandizão será ‘revisado’ em outubro

Um dos pontos mais problemáticos do Guanandizão, o telhado será revisado para correção de imperfeições. Essa etapa da obra deverá começar em outubro, segundo informação do titular da Sisep. A previsão é de que esse conserto leve em torno de 40 dias para terminar. Rudi também adiantou que apenas após esta etapa concluída é que o piso do ginásio será colocado.

“Como temos que usar maquinário pesado para mexer no teto, não compensa colocar o piso agora porque pode haver possíveis danos. Do lado de fora ainda vamos refazer totalmente a pista de corrida, restaurar a calçada e arrumar imperfeições na estrutura. Também vamos adequar o local às exigências do Corpo de Bombeiros, além de numerar todos os acentos”, afirmou o secretário.

O Guanandizão foi inaugurado em 1984 e está interditado desde 2013 pelos Bombeiros por conta de falhas na estrutura hidráulica. O último evento realizado no local foi um show do cantor Roberto Carlos.

Já o último evento esportivo no ginásio foi justamente uma partida de vôlei masculino entre Brasil e Portugal, em 2004, pela Liga Mundial de Vôlei. 

O projeto de reforma tem por objetivo também incluir a realização de eventos culturais e religiosos no local.

Por DAIANY ALBUQUERQUE

Foto Crédito: Bruno Henrique/Correio do Estado

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