Comitê de Ética da Fifa investiga Del Nero, que pode ter de deixar a CBF

03/12/2015 00h00 - Atualizado há 4 anos

A Câmara de Investigação do Comitê de Ética da Fifa confirmou nesta quinta-feira que abriu investigação sobre o possível envolvimento do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, em diversas infrações ao Código de Ética da entidade. O porta-voz da Câmara de Investigação anunciou que o procedimento formal foi aberto no dia 23 de novembro.

Caso sejam comprovadas infrações, Del Nero pode ter de deixar a presidência da CBF. O mesmo aconteceu com o ex-secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, o ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o ex-presidente da Uefa, Michel Platini - os três estão banidos provisoriamente de qualquer atividade relacionada ao futebol, por conta de uma suspensão de 90 dias, que pode ser estendida por mais 45 dias.

-  Abrimos procedimento formal na Câmara de Investigação do Comitê de Ética no dia 23 de novembro contra o senhor Del Nero. Posso confirmar isso agora. O motivo é suspeita de diversas  infrações às regras de ética da Fifa. É uma suspeita - disse Andreas Bantel, porta-voz do Comitê de Ética da Fifa.

Del Nero está entre os co-conspiradores investigados pelas autoridades americanas, sob suspeita de também ter recebido propinas. Desde que deixou Zurique às pressas na véspera da eleição presidencial em 29 em maio, Del Nero não retornou à Suíça e perdeu quatro reuniões do Comitê Executivo da Fifa. Ele também deixou de viajar para acompanhar a seleção brasileira. Na semana passada, em reunião do Comitê Executivo da Conmebol, foi confirmada a saída do brasileiro do comitê da Fifa. Ele foi substituído pelo vice-presidente da CBF Fernando Sarney, que neste momento está reunido com o grupo na sede da entidade.

No caso de Blatter e Platini, as punições estão em vigor desde o dia 8 de outubro, pouco depois de vir à tona a existência de um pagamento suspeito feito pelo suíço ao francês em 2011, justificado como um trabalho feito entre 1999 e 2002. Valcke, por sua vez, foi acusado de participação de um esquema de venda ilegal de ingressos na Copa do Mundo do ano passado

Sobre o presidente da Conmebol, Juan Ángel Napout, e o presidente da Concacaf, Alfredo Hawit, o porta-voz afirmou que haverá uma decisão conforme os desdobramentos das ações policiais em Zurique:

- Por enquanto não (foi aberto procedimento), vamos decidir baseado no desdobramento das ações realizadas nesta quinta-feira.

A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa da CBF, mas não teve sucesso até o momento.

Fonte: Globo Esporte