Câmera revela que Daniel Alves e mulher que o acusa de estupro ficaram 16 minutos em banheiro

23/01/2023 09h00 - Atualizado há 1 ano

Juíza decretou prisão preventiva do atleta, sem direito à fiança

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Divulgação

As câmeras de segurança da boate Sutton Barcelona mostram que o jogador brasileiro Daniel Alves, 39, passou 16 minutos dentro do banheiro com a mulher de 23 anos que o acusa de estupro.

As investigações correm em segredo de Justiça, mas a informação foi publicada neste domingo (22) pelo jornal El Periódico, o mesmo que já havia divulgado trechos do depoimento da jovem perante a juíza espanhola na sexta-feira (20).

Após as declaração dela, a juíza decretou prisão preventiva e sem direito à fiança do atleta, uma vez que ele entrou em contradição durante as suas falas na Cidade da Justiça de Barcelona. A prisão preventiva significa que ele pode ficar detido até o final das investigações, mas cabe recurso.

Anteriormente, tabloides catalães haviam publicado que as câmeras de segurança exibiam que o tempo passado pelos dois dentro do banheiro da área VIP era de apenas 47 segundos.

É mais um baque para a defesa do brasileiro que se apegava a essa informação para tentar livrar o jogador das acusações. No sábado (21), os advogados dele já admitiram que Daniel Alves havia mudado de versão, afirmando que houve relação sexual.

Em um primeiro momento, ele negou conhecer a vítima, mas, depois, admitiu ter tido uma relação consensual com ela. A jovem declarou, em seu depoimento, que não quer compensação financeira, e sim ver o brasileiro na cadeia.

O lateral foi levado na noite de sexta (20) ao centro penitenciário de Brians 1, na periferia noroeste de Barcelona. Relatos dizem que ele está abalado emocionalmente, tem comido apenas frutas e não realizou nenhuma ligação telefônica porque, sem seu celular, ele não sabe de cabeça os números de ninguém.

O brasileiro está em cela individual e aparentemente teve que tomar banho com água fria. As temperaturas noturnas na Espanha esta semana baixaram para perto dos 0º C.

Em seu depoimento, a moça disse que estava com amigas na área VIP de Daniel Alves na boate na madrugada de 31 de dezembro. Em dado momento, o jogador a teria levado ao banheiro. Ali, teria dito "que eu não podia ir embora e que eu tinha que dizer a ele que eu era sua putinha".

Sempre segundo o depoimento, publicado por jornais espanhóis, Alves teria forçado a cabeça da mulher para seu pênis e depois lhe dado um tapa. Em seguida, teria virado a jovem de posição e a penetrado até ejacular.

Após comunicar aos seguranças, a vítima foi atendida no Hospital Clínic, cujo relatório médico apontaria traços condizentes a uma agressão. Dois dias depois, ela fez a denúncia à Mossos d'Esquadra, a polícia catalã. Entregou o relatório médico, que apontaria traços condizentes a uma agressão, e também o vestido que usava.

Na ocasião do suposto estupro, o lateral havia estendido o seu período de férias após a Copa do Mundo disputada no Qatar com a seleção brasileira.

Nesta semana, ele estava na Espanha após pedir licença ao Pumas, do México, devido à morte de sua sogra, mãe da modelo espanhola Joana Sanz. Os dois são casados desde 2017.

Na sexta, o clube mexicano anunciou a rescisão do contrato do lateral-direito após a prisão preventiva decretada na Espanha.

FOLHAPRESS