Brasil supera meta de medalhas e tênis de mesa brilha: veja o top 5 do 6º dia
A quinta-feira em Toronto deu ao Brasil a sensação de dever cumprido. Mesmo faltando ainda dois dias de disputas, o país alcançou a meta estabelecida pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) de superar o desempenho nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara. Dentre as modalidades, os destaques do dia ficaram por conta do tênis de mesa, que encerrou a sua participação nos Jogos com o melhor desempenho da história; o vôlei sentado, no qual o Brasil chegou às finais masculina e feminina; e o atletismo, em mais um dia marcado por quedas e acidentes. Confira o top 5 do 6º dia do Parapan:
Se em 2011 o país conquistou 197 medalhas, sendo 81 de ouro, na edição canadense a delegação verde-amarela já contabiliza 210 pódios e 86 títulos. Com ainda há dois dias de competição pela frente, ultrapassar os números do Rio 2007 tornar-se algo palpável. Quando foi anfitrião do evento, o Brasil faturou 228 medalhas no total.
TÊNIS DE MESA BRILHA
Uma das modalidades que mais colaborou nesta conta foi o tênis de mesa. A delegação brasileira encerrou sua participação no Parapan de Toronto com o melhor desempenho da história do país no torneio. Com as quatro medalhas desta quinta-feira, último dia de competição na modalidade, o país contabilizou 15 ouros, dez pratas e seis bronzes.
- Estávamos muito preparados. Tínhamos uma meta difícil, de 15 ouros, e conseguimos alcançá-la. Os atletas demonstraram seu potencial. Agora, vamos nos voltar para o mais difícil caminho, que é rumo aos Jogos Paralímpicos de 2016 - disse o coordenador técnico da seleção, José Ricardo Rizzone.
O vôlei sentado brasileiro também brilhou nesta quinta-feira. Tanto a equipe masculina como a feminina conseguiram a classificação à final, garantindo mais duas medalhas para o Brasil em esportes coletivos. Em ambas as categorias, o adversário na decisão será os Estados Unidos. As mulheres jogam às 18h. Os homens entram em quadra logo depois, às 20h. A seleção feminina teve como adversária na semifinal o Canadá. Contando com grande atuação da atacante Suellen, autora de 17 pontos, o Brasil atropelou as canadenses, jogando as donas da casa para a disputa do bronze. No masculino, a vítima foi Colômbia, que também levou 3 a 0.
- Fizemos uma ótima partida e não acho que eu ganhei o jogo sozinha. Mesmo com a minha boa atuação, tive a ajuda das minhas companheiras nos passes, defesas e demais fundamentos do voleibol. Acho que os Estados Unidos são favoritos nessa final - comentou Suellen.
QUEDAS E BATIDAS NO ATLETISMO
A quinta-feira foi marcada por quedas e batidas no atletismo. Na prova dos 800m T54, classe para cadeirantes, uma batida envolveu as cadeiras de cinco dos oitos finalistas - não havia brasileiros na disputa. O mexicano Juan Cervantes, que provocou o acidente, quase foi atropelado e recebeu atendimento médico ainda na pista, enquanto os rivais receberam ajuda para retornarem às cadeiras e cruzarem a linha de chegada sob aplausos, mesmo que seus resultados não tenham sido computados. Em todo caso, a prova foi realizada novamente no encerramento do dia, sem a participação do mexicano, que foi desclassificado. Sem acidentes, o Canadá fez dobradinha com Alex Dupont e Joshua Cassidy, e o venezuelano Juan Valladares completou o pódio.
O brasileiro Rodrigo Parreira da Silva, por sua vez, estava vencendo os 200m rasos T36 (paralisia cerebral), mas a poucos metros da linha de chegada, sentiu dores na perna, viu seus adversários o ultrapassarem e caiu no chão. Bronze nos 100m, ele chorou por alguns minutos na pista, até ser consolado pelos voluntários, levantar e cruzar a linha de chegada. O resultado dele também não foi computado, e Rodrigo deixou o Estádio Parapan-Americano de cadeira de rodas. Daniel Mendes, por outro lado, foi ao chão, mas levou o bronze dos 200m rasos T11 (perda total da visão). Logo depois da chegada, ele caiu e quase foi atropelado por Jorge Borges, guia de Felipe Gomes, também brasileiros.
As primeiras medalhas do tênis em cadeira de rodas saíram nesta quinta-feira.As brasileiras Rejane e Natalia Mayara sagraram-se campeãs femininas de duplas após 1h35m de jogo. O título veio sobre as colombianas Angelica Bernal e Johana Martinez em três sets, com parciais de 6/2, 2/6 e 10/8. Nesta sexta-feira, Natalia volta à quadra na Universidade de Toronto para disputar o título de simples contra a americana Kaitlyn Verfuerth.
Entre os homens, o Brasil ficou com a prata com a dupla formada por Carlos “Jordan” Santos e Daniel Rodrigues. Na final, os dois foram superados pelos argentinos Ezequiel Casco e Gustavo Fernandez por 2 sets a 0, em duplo 6/2. Nesta sexta, Daniel busca o bronze no individual contra o colombiano Eliecer Oquendo.
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