Brasil precisa de ótima média de ouros para bater Guadalajara-2011
Após 13 dias de disputas valendo medalhas no Pan de Toronto, o Brasil soma 34 de ouro e está a 14 de conseguir ao menos igualar o desempenho de quatro anos atrás, em Guadalajara. Mas para chegar aos 48 ouros obtidos no México, a delegação brasileira praticamente precisará dobrar sua média diária de conquistas nos três dias restantes para o fim da competição.
Até o momento, o Brasil conquista por dia 2,6 medalhas de ouro em Toronto. Para não ficar aquém do último Pan, terá de levar 4,6 por dia. E isso em 41 disputas nas quais ainda tem chances de medalhas. Ou seja, precisará ir ao degrau mais alto do pódio em um terço das provas.
Nem mesmo se tiver 100% de aproveitamento nos esportes coletivos que seguem na disputa pelo lugar mais alto do pódio a missão se tornará fácil. O Brasil pode levar o ouro no basquete (masculino), vôlei (masculino e feminino), handebol (masculino e feminino), futebol (feminino) e no softbol (feminino). Entretanto, a conquista neste último é muito improvável. Só aí seriam sete medalhas. Faltariam mais sete.
Das modalidades ainda em disputa no Pan, o atletismo será a que mais entregará medalhas de ouro: 19 no total. Mas o desempenho do Brasil nas pistas não é animador. Após três dias de disputa, somente um ouro foi conquistado. E, com exceção da maratona masculina no sábado, em nenhuma prova o país tem favoritos destacados ao título.
E o desfalque na conta de ouros tem alguns culpados. O vôlei de praia, por exemplo, não fez campeões em Toronto. Há quatro anos, os brasileiros levaram o título nos dois naipes.
Na vela, também faltaram medalhas. Foram três ouros a menos dos ganhos no México. Ouro carro-chefe brasileiro, o judô deixou Toronto com um título a menos do que o ganho no México.
Na ginástica artística, só Arthur Zanetti levou o ouro. Em 2011, foram dois título a mais.
Por causa da política do Comitê Olímpico do Brasil (COB) de priorizar os Jogos Olímpicos de 2016 e de Mundiais que ocorrerão até o fim do ano, alguns favoritos ao ouro deixaram de competir em Toronto.Os casos mais emblemáticos são Cesar Cielo (natação), Ana Marcela Cunha e Poliana Okimoto (maratona aquática). No hipismo, Rodrigo Pessoa optou por não saltar e Álvaro de Miranda Neto, o Doda, ficou fora por conta de lesão no cavalo.
Em tempo. No total de medalhas, as chances de melhorar a campanha de 2015 são maiores. No México, o país totalizou 141 pódios. No Canadá já são 121.
Veja, por modalidade, por quantos ouros o Brasil ainda briga em Toronto.
Atletismo: 19
Basquete: 1
Boliche: 2
Ciclismo: 2
Esgrima: 4
Futebol: 1
Handebol: 2
Hipismo: 1
Karatê: 4
Softbol: 1
Tênis de mesa: 2
Vôlei: 2
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