Brasil é 4º nos 4x200m livre feminino, bate recorde e emociona Joanna Maranhão

16/02/2024 04h11 - Atualizado há 2 mêses

Revezamento fez a melhor marca sul-americana da história no Mundial de Doha e já sonha com medalha em Paris; Stephanie Balduccini, que nadou a prova com Gabrielle Roncatto, Aline Rodrigues e Mafê Costa, também se classificou para a final dos 100m livre.

Cb image default
Gabrielle Roncatto, Aline Rodrigues, Mafê Costa e Stephanie Balduccini bateram o recorde sul-americano do revezamento 4x200m livre — Foto: Giovana Pinheiro

O revezamento 4x200m livre feminino do Brasil bateu o recorde-sul-americano da prova e terminou em quarto no Mundial de Esportes Aquáticos de Doha, no Catar, com o tempo de 7min52s71, galgando quatro posições em relação ao Mundial de 2023, quando ficou em oitavo. O quarteto brasileiro formado por Stephanie Balduccini, Gabrielle Roncatto, Aline Rodrigues e Maria Fernanda Costa já havia garantido a vaga nas Olimpíadas de Paris 2024 na semifinal. Na tarde desta quinta-feira (15), a nadadoras comemoraram o recorde e a evolução, mas lamentaram a ausência no pódio, que foi formado pela campeã China, a vice Grã-Bretanha e, em terceiro, a Austrália.

- A gente vem tentando bater esse recorde há umas três competições já - contou Mafê depois da prova.

- Esse revezamento vem crescendo. A cada competição vamos evoluindo e espero que em Paris consigamos um resultado histórico para o Brasil. Batemos o recorde sul-americano e queremos mais - comentou Aline, projetando uma possível medalha nas Olimpíadas.

Comentando a prova pelo sportv 2, a ex-nadadora Joanna Maranhão se emocionou com a conquista das atletas e a evolução da natação feminina brasileira.

- É um revezamento muito especial para o Brasil, é muito bom a gente ver essa renovação. A gente contava, né, com esse recorde sul-americano, esse quarto lugar. E ver a postura delas... Eu vi as meninas ali acreditando até o fim – disse Joanna, com a voz embargada, completando: - A gente ainda tem margem de melhora, tá muito perto da medalha. Essas meninas são jovens, elas são um orgulho. Realmente me faltam palavras.

A prova

Ouro: China - 7min47s26

Prata: Grã-Bretanha - 7min50s90

Bronze: Austrália - 7min51s41

4º lugar: Brasil - 7min52s71

Mafê Costa, que tem o melhor tempo do quarteto nos 200m livre, abriu o revezamento brasileiro, virando os 50m em sexto e os 100m em sétimo, mas cresceu nos últimos cem metros, virando os 150 em terceiro e entregando para Stephanie Balduccini em quinto, com parcial de 1min57s30.

Stephanie, que pouco mais de uma hora antes havia nadado os 100m livre e garantido vaga na final, virou seus primeiros cem metros em terceiro e entregou para Aline Rodrigues em quarto. Aline caiu para quinto e se manteve assim até entregar para Gabrielle Roncatto nadar os últimos 200 metros. Gabrielle conseguiu tirar um pouco da diferença e bater em quarto lugar, confirmando o recorde sul-americano.

Stephanie na final

Mais cedo, Stephanie Balduccini se classificou para a final dos 100m livre com o oitavo tempo das semifinais, 54s07. A brasileira fez a sua melhor marca pessoal, três centésimos abaixo dos seus 54s10 anteriores, mas acima do seu objetivo de nadar na casa dos 53 segundos para poder tentar o índice olímpico.

- Foi uma boa prova. Queria baixar pra 53s, mas por enquanto ainda não saiu. Tem que comemorar as coisas pequenas, e se isso quer dizer abaixar 3 centésimos, que seja - disse a atleta antes de saber que havia se classificado para a final.

Nos 200m peito, Gabrielle Assis nadou em 2min25s62, ficou com o nono tempo e não se classificou para a final da prova.

- Achei que ia conseguir tirar um pouquinho mais agora de tarde, achei que estava nadando um pouquinho mais forte. Tentei brigar ali no final, pegar a menina, não consegui. Mas estou feliz. Não tenho do que reclamar, estou numa fase muito boa na natação e na minha vida pessoal - disse Gabi, que está concentrada em conquistar o índice olímpico: - Tem que sonhar, tem que acreditar, voltar para o Brasil e treinar o mais forte possível. Tem seletiva daqui a três meses, ainda tem tempo de ajustar. Vamos treinar, vamos acreditar até o fim.

Por Redação do ge — Doha, Catar