Autocrítica fez Dudu parar com cartões e virar líder do Palmeiras

25/11/2016 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Antes mesmo de desembarcar na Academia de Futebol, Dudu assumiu um papel de destaque no Palmeiras por toda a novela sobre a negociação. Agora, depois de mais de 100 jogos com a camisa alviverde, o meia-atacante tornou-se um dos líderes de um elenco com atletas experientes como Zé Roberto, Edu Dracena, Jean e Fernando Prass.

O símbolo da nova Era Dudu se encontra no braço do jogador: a faixa de capitão concedida pelo técnico Cuca depois da lesão grave de Prass, que operou o cotovelo no último mês de agosto. Aos 24 anos, o camisa 7 palmeirense assumiu outro comportamento após uma sessão de autocrítica.

Os muitos cartões de 2015 e a fama de Bad Boy (especialmente após o empurrão no ex-árbitro Guilherme Ceretta na final do Paulistão daquele ano) incomodaram Dudu, agora o homem que pode levantar o troféu de campeão brasileiro para o Palmeiras; basta um empate no domingo, diante da Chapecoense, para o clube alviverde conquistar o título nacional.

Eu mudei, sabia que tinha de mudar. Meus companheiros precisavam de mim, não dava para ficar toda hora tomando cartão bobo, que me prejudicam e prejudicam a equipe. Estou bem tranquilo nessa questão e espero melhorar mais a cada dia, destacou o jogador.

Os cartões bobos tomados por Dudu caíram gradativamente do ano passado para cá. Na temporada 2015, o jogador acumulou 16 advertências (15 amarelos e 1 vermelho).

Em compensação, Dudu recebeu apenas seis amarelos durante todo o ano – cinco deles no Campeonato Brasileiro. Enfim, o jogador assumiu para si um papel preponderante diante do alto investimento feito pelo Palmeiras.

O meia-atacante chegou badalado à Academia de Futebol no início do ano passado, após o time de Palestra Itália pagar R$ 19 milhões para o Grêmio a fim de vencer a concorrência do Corinthians.

Agora, em paz consigo após a autocrítica sobre a indisciplina dentro das quatro linhas, Dudu até brinca sobre o alto valor pago para os padrões do futebol nacional. Para o próprio camisa 7, o presidente Paulo Nobre pode considerar o investimento

Se eu não me engano fiz 108 jogos e posso conquistar o segundo título [venceu a Copa do Brasil no ano passado]. O dinheiro foi bem gasto [risos]. Se um dia eu for vendido, espero que volte para eles [Palmeiras] o dinheiro. Espero continuar aqui fazendo história, finalizou.

A história de Dudu pode crescer no domingo. Em caso de título, o camisa 7 se tornaria apenas o terceiro jogador a erguer a taça de campeão brasileiro no formato pós-1971. Até aqui, apenas Ademir Da Guia na Segunda Academia (1972-1973) e César Sampaio na Era Parmalat (1993-1994) possuem esta honra.

Uol