Atlético-MG abriu as portas para Jô, mas por que ele foi para o Corinthians
No final de agosto o atacante Jô apareceu na Cidade do Galo. A presença do CT do Atlético-MG não era apenas uma visita aos antigos companheiros e muitos amigos que deixou nos três anos em que defendeu o clube mineiro. Sem espaço no futebol chinês, o jogador aproveitou a boa relação com a diretoria atleticana para manter a forma no semestre em que ficaria sem atuar profissionalmente. Mas além de treinar, Jô tinha o desejo de retornar ao Atlético, algo que não escondia de ninguém.
A história que tive aqui foi muito grande, então neste período que estou aqui de férias, sempre encontro atleticanos. Na minha chegada hoje, muitos pediram a minha volta. E na minha chegada ao clube, revi funcionários e jogadores. A gente sempre pensa em voltar, não tem como não pensar. Deixo nas mãos de Deus, quem sabe mais para frente eu esteja voltando para vestir essa camisa maravilhosa, disse o atacante, em entrevista à TV Galo.
Porém, um mês após o Atlético abrir as portas para o atacante, Jô acertou o retorno para outro clube alvinegro, o Corinthians. E o clube mineiro tinha o interesse em repatriar o centroavante. Só que o período em Belo Horizonte fez o atacante pensar diferente. A concorrência que encontraria na Cidade do Galo pesou na decisão. Para jogar pelo Atlético, Jô disputaria posição com Fred e Lucas Pratto. Algo que o atacante não vai encontrar no Corinthians.
Nesta reta final do Brasileiro, por exemplo, até mesmo Guilherme já atuou na posição de centroavante. Gustavo e Angel Romero são as outras opções de Oswaldo de Oliveira. Ao dizer sim para o Corinthians, Jô também disse sim por mais minutos em campo do que teria em Minas Gerais. Da mesma maneira que Jô deu preferência ao Corinthians, o Atlético não disputou com o clube paulista a contratação do centroavante.
E por um motivo muito simples. O Atlético tem excesso de jogadores para a posição. Além de Lucas Pratto e Fred, o elenco atual conta ainda com Carlos, que apesar de ser escalado para atuar pelos lados do campo, começou a carreira como centroavante. São três opções para o técnico Marcelo Oliveira, que vai ganhar mais uma em 2017. Emprestado ao Figueirense, Rafael Moura deve ser aproveitado pelo Atlético no ano que vem.
Pelo Atlético, Jô disputou 127 partidas e marcou 39 gols, sendo um deles na final da Libertadores. Títulos foram cinco, dois Campeonatos Mineiro (2013 e 2015), uma Libertadores (2013), uma Recopa Sul-Americana (2014) e uma Copa do Brasil (2014). Com tantas conquistas e uma ótima relação, é possível que as histórias de Jô e Atlético voltem a se cruzar um dia. Mas não em 2017.
Uol