O desempenho recente do Rosario Central no Gigante de Arroyito dá ânimo ao Grêmio para reverter a desvantagem na briga por uma vaga nas quartas de final da Libertadores nesta quinta-feira. O time argentino não vence em casa há três jogos: perdeu para Gimnasia e Vélez e empatou com o Palmeiras.

É bem verdade que nesta segunda-feira, ao ser derrotado por 1 a 0 pelo Gimnasia, o técnico Eduardo Coudet utilizou time misto e poupou nove titulares. Quase sem chances de avançar para a decisão do campeonato argentino, o Rosario passou a priorizar a Libertadores. E vê na conquista de seu primeiro título da América a chance de salvar a temporada.

Apesar do retrospecto recente do Rosario no Arroyito, o time de Roger Machado não espera facilidades. A pressão que virá das arquibancadas será forte. Muito em parte pelo fato de que a torcida, que deve lotar o estádio com capacidade para 41,6 mil pessoas, fica a cerca de sete metros de distância do gramado.

Conta também o estilo ofensivo da equipe de Eduardo Coudet, decisivo para a vitória por 1 a 0 na Arena. Para Franco Marconi, repórter do site Ahora Deportes, o Grêmio terá de ser o protagonista da partida na Argentina.

— O Rosario pressionará desde o primeiro minuto. E o Grêmio terá de atacar muito mais e ter uma marcação encaixada. É necessário evitar as subidas dos laterais e, sobretudo, ter muita atenção ao Cervi, que é o organizador do time —opina Marconi.

Com a semana inteira para trabalhar e recuperar a equipe do Grêmio, o técnico Roger Machado se dispôs a simular a marcação alta do Rosario nos treinos no CT Luiz Carvalho. Quando Walace ou Maicon dominavam a bola, ao menos quatro jogadores faziam pressão para roubá-la.

Assim, os volantes tratam de ter mais velocidade no raciocínio para fugir do bloqueio. Ter mais posse da bola, na visão do repórter Aquiles Cadirola, da Rádio Mitre, será um fator decisivo contra o Rosario.

— O Grêmio precisa iniciar o jogo com mais atacantes. No jogo de ida, teve pouca presença ofensiva. E agora necessita ao menos de um gol. Ter mais posse de bola que o Rosario é fundamental para vencer — comenta Cadirola.

O Rosario deve ter apenas uma mudança na escalação que iniciou em Porto Alegre na semana passada, com a saída do zagueiro Burgos e a entrada do lateral-esquerdo Villagra. Assim, Pinola retorna ao miolo da zaga, onde formará dupla com Donatti.

No ataque, o goleador Marco Ruben, apesar de ter sofrido uma contratura muscular, não preocupa e irá para o jogo. E deve ter o ex-gremista Herrera como seu parceiro - embora seja cogitada a entrada do meia Lo Celso. Desfalque certo será o atacante Marcelo Larrondo, que sofreu nova lesão no joelho nesta semana e ficará de fora da equipe por mais um mês.

Veja o desempenho do Rosario Central no Gigante de Arroyito em 2016:

10 jogos

4 vitórias

4 empates

2 derrotas

53% aproveitamento

19 gols marcados

14 sofridos (só não levou gols em três jogos)

Rosario Central 0 x 1 Gimnasia (Argentino)

Rosario Central 2 x 3 Vélez Sarsfield (Argentino)

Rosario Central 3 x 3 Palmeiras (Libertadores)

Rosario Central 1 x 0 Sarmiento (Argentino)

Rosario Central 4 x 1 River Plate-URU (Libertadores)

Rosario Central 2 x 2 Banfield (Argentino)

Rosario Central 1 x 1 Nacional-URU (Libertadores)

Rosario Central 3 x 3 River Plate (Argentino)

Rosario Central 2 x 0 Newells (Argentino)

Rosario Central 1 x 0 Godoy Cruz (Argentino)

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