Após empate, Operário vai “trabalhar em silêncio”
O torcedor operariano ainda não digeriu a goleada para o Botafogo-PB e a consequente eliminação da Copa do Brasil, há duas semanas. Desde a derrota por 4 a 1, as cobranças se multiplicaram e reverberaram também na diretoria, que criou um grupo de avaliação para definir sobre possíveis dispensas no elenco. Para o zagueiro e capitão do Operário, Rodrigo Arroz, é hora de se dedicar nos treinamentos e mostrar evolução nos próximos jogos.
“A gente tem que ter a cabeça tranquila. Entender o lado do torcedor. A gente vive de resultado e quando ele não vem é normal a cobrança. A gente tem que ter a cabeça boa, tranquila, trabalhar em silêncio e dar a resposta dentro do campo”, falou o líder após o empate em 1 a 1 com o Aquidauanense, domingo, no Morenão, pela oitava rodada do Campeonato Estadual.
A falta de resultados não são a principal queixa sobre o time operariano, que tem apenas uma derrota no Estadual, ainda na segunda rodada, para o Águia Negra. Mas o desempenho da equipe nos três últimos compromissos - vitória sobre o Novo (2 x 0) e empates com Sete de Dourados (2 x 2) e Aquidauanense - desencadeou vaias ao técnico Arilson Costa e críticas à apatia de jogadores.
Depois do jogo em Dourados, na última quarta-feira, o presidente Estevão Petrallás cobrou atletas, comissão técnica e gerência de futebol em entrevista à MS Web Rádio. Uma reunião no dia seguinte selou a criação do grupo de avaliação.
Já no domingo passado, o treinador do Galo foi hostilizado por parte dos 554 torcedores presentes no Morenão ao promover substituições. As entradas do lateral Da Silva e do atacante Jorginho causaram reprovação. Após o jogo, alguns aficionados protestaram do lado de fora do vestiário.
O atacante Thiago Miracema também ficou marcado pelo torcedor depois da expulsão no duelo com o Botafogo-PB, ainda no primeiro tempo, quando acertou uma cotovelada no adversário.
O camisa nove anotou o gol do Galo sobre o Aquidauanense, mas os presentes na arquibancada do Morenão comemoraram sua substituição para a entrada de Fagner. Os atletas do Operário que estavam no banco de reservas abraçaram o jogador.
“A gente respeita muito a cobrança, tanto da diretoria quanto do torcedor. Só que às vezes as coisas não acontecem como a gente planeja. Em um momento desse, delicado, em relação aquele jogo da Copa do Brasil, em relação ao Miracema, fica uma cobrança, sim. Mas a gente depende um do outro. A gente só vai dar a volta se abraçando, junto, e vai procurar acolher seja quem for o alvo. Se manter junto, com uma cabeça boa, e reverter a situação dentro de campo. Como hoje [domingo], ele fez o gol”, comentou Rodrigo Arroz.
O Galo volta a campo no sábado de Carnaval, pela nona rodada, contra o xará Operário de Dourados no Estádio Chavinha, às 15h.
Por JONES MÁRIO
Foto: Luiz Alberto / Correio do Estado
CORREIO DO ESTADO