Quase nada no primeiro tempo. Quase tudo na etapa final. A importante vitória de virada do São Paulo por 4 a 2 sobre o Atlético-MG, na última quinta-feira, no Morumbi, foi praticamente toda desenhada no banco de reservas. O resultado ajudou o rival Corinthians a garantir o título, que esteve ameaçado ao longo do jogo com as alternâncias no resultado – o Galo liderou o placar duas vezes. Mas também devolveu o Tricolor ao G-4 do Brasileirão.

Do banco o interino Milton Cruz fez alterações que mudaram o panorama do jogo. Tirou Pato, artilheiro do ano com 26 gols e 100 jogos completados. Desse mesmo banco saiu o substituto Rogério, que justificou o apelido de Neymar do Nordeste e infernizou a defesa do Atlético-MG pelo lado esquerdo. Também na reserva, Kardec ganhou o lugar de Bruno para mostrar porque fez tanta falta nos mais de seis meses fora com lesão no joelho direito e o motivo pelo qual será fundamental em 2016, ano de reformulação no Tricolor.

Milton Cruz teve 10 dias entre a saída de Doriva e o jogo do São Paulo com o Galo para trabalhar a equipe no CT da Barra Funda. Depois dos treinamentos, apostou no trio ofensivo Ganso, Pato e Luis Fabiano. Eles tentaram, principalmente com o Fabuloso em mais de uma oportunidade, mas não tiveram sucesso.

Em alguns momentos do primeiro tempo, o trio parecia desconectado do restante do time. No lance abaixo, por exemplo, Michel Bastos, Hudson, Thiago Mendes, Bruno, Rodrigo Caio, Lucão e Carlinhos, além de Denis, tentam desarmar o ataque do Galo. Nenhum dos três atletas de frente aparece para dar combate.

Enquanto no primeiro tempo o São Paulo deixou o Atlético-MG com a bola e apostou nos contra-ataques, o time passou a ser protagonista na etapa final. Justamente quando Milton Cruz usou Rogério e Alan Kardec, alterações que mudaram a partida. Pela esquerda, o atacante ex-Vitória cruzou para Kardec fazer o terceiro, e sofreu o pênalti que originou o gol de Luis Fabiano, definindo o placar.

Fonte: Globo Esporte