Ana Patrícia/Rebecca leva o ouro, e Adrielson/Renato fica com bronze

18/03/2019 00h00 - Atualizado há 4 anos
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Divulgação

Da redação, no Rio de Janeiro (RJ) - 16.03.2019

As duplas brasileiras do vôlei de praia conquistaram na tarde deste sábado (16.03) medalhas de ouro, com Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE), e bronze, com Adrielson/Renato (PR/PB) pela quarta edição dos Jogos Sul-Americanos de Praia. O triunfo ajuda o país a subir no quadro de medalhas do torneio realizado em Rosário (Argentina). 

A campanha de Ana Patrícia e Rebecca foi perfeita, com seis vitórias em seis jogos e nenhum set perdido. Na decisão, calaram a arena ao superar as argentinas Ana Gallay e Pereyra por 2 sets a 0 (21/18, 21/19). Horas antes, pela semifinal, haviam vencido as também argentinas Zonta e Churín por 2 a 0 (21/14, 21/9). O técnico da dupla, Reis Castro, comentou o título.

Ganhar é sempre bom, mas também foi importante o fato de Ana e Rebecca ganharem tempo de jogo em uma competição que só ocorre de quatro em quatro anos. Disputar um torneio como esse é algo raro, viemos com a responsabilidade de defender nossa pátria. Isso que nos move, lutar todos os dias para estarmos no nosso limite. Elas demonstraram muita concentração e pegada, mesmo muitas vezes encontrando adversárias de nível técnico mais baixo, não baixaram o ritmo e cumpriram o que tínhamos traçado.

Rebecca conquista pela segunda vez a medalha de ouro, já que havia sido campeã também em 2011, quando atuou ao lado da alagoana Neide. Ela comentou a medalha de ouro e a boa campanha brasileira, que por duas vezes superou duplas da casa.

Vencer novamente, e ao lado da Ana Patrícia, que é uma parceira incrível dentro e fora de quadra, é motivo de muita felicidade. Conseguimos impor nosso ritmo desde o começo, pensando jogo a jogo, sem perder o foco. Conseguir um título representando o Brasil e ouvir o hino é algo muito especial, destacou.

No naipe masculino, os jovens Adrielson, de 21 anos, e Renato, de 19 anos, superaram os chilenos Lammel e Zavala por 2 sets a 0 (21/14, 21/19) para assegurar a medalha de bronze. Antes, pelas semifinais, eles estiveram muito perto de superar os experientes argentinos Azaad e Capogrosso, mas acabaram perdendo por 2 sets a 1 (17/21, 23/21, 15/7). 

Renato analisou a participação da dupla e celebrou a oportunidade de levar uma medalha para o Brasil e ganhar experiência. Estou muito feliz, poder representar o Brasil é uma honra, um orgulho. Lutamos muito para subir ao pódio. Adquirir essa experiência com certeza me fará evoluir muito.

Os jovens, que são Campeões Mundiais Sub-21 de 2017, ganharam rodagem internacional e por pouco não conseguiram subir ainda mais no pódio. O técnico que comanda a dupla, Robson Xavier, analisou o desempenho em Rosário.

Levamos muitas coisas positivas deste campeonato. Foi uma experiência única estar em uma missão do Comitê Olímpico do Brasil (COB), em um torneio adulto. Jogar em outro país, com uma torcida muito apaixonada, vivendo situações de pressão.Tudo isso trará frutos lá na frente, pois são atletas jovens e muito talentosos. Certamente vão representar o país novamente em outras competições, disse Robson, que completou.

Começamos um pouco ansiosos, mas fomos crescendo durante o torneio. Na semifinal, contra a Argentina, tivemos chances de fechar por 2 a 0, mas creio que pesou um pouco a experiência. Mas o nível técnico foi muito alto, buscaram o melhor, tentando se impor em quadra. O saldo é positivo, saímos com uma medalha de bronze. Contra o Chile, um time com idade mais próxima, sacamos muito bem e pudemos dominar. Eles levam muitas lições, um aprendizado grande.

Além do ouro com Neide/Rebecca (AL/CE) na edição de 2011, no Equador, o Brasil também foi campeão no naipe masculino, com Moisés e Vitor Felipe (BA/PB). Em 2009, o país levou o ouro com Lili/Elize Maia (ES), e prata com Álvaro/Vitor Felipe (PB). Em 2014, na Venezuela, o Brasil não participou com times no vôlei de praia.

Foto Créditos: Divulgação/Odesur

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